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Cirque du Soleil pede proteção contra credores

30 jun, 2020 - 00:47 • Lusa

O Cirque anunciou a demissão de cerca de 3.480 funcionários, em março, com o cancelamento de cerca de 40 apresentações em todo o mundo.

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A companhia canadiana de acrobatas Cirque du Soleil anunciou esta segunda-feira que pediu a proteção dos tribunais contra os seus credores na tentativa de se reestruturar na sequência dos prejuízos decorrentes da pandemia.

Segundo a agência France-Presse, a companhia concluiu, paralelamente, um acordo para a sua compra pelos atuais acionistas, os fundos norte-americano TPG e o chinês Fosun, bem como a Caisse de Dépôt et Placement du Québec, com vista ao seu leilão, indicou num comunicado.

O pedido de proteção contra credores deve ser avaliado na terça-feira pelo Tribunal Superior do Quebeque. Se foi aprovado, a empresa pedirá de imediato o reconhecimento provisório imediato nos Estados Unidos, de acordo com o Capítulo 15.º da Lei de Falências dos Estados Unidos.

“Isto permite que as pessoas que desejam assumir a empresa possam avançar”, explicou Daniel Lamarre, administrador executivo do Grupo Cirque du Soleil, acrescentando que entre cinco e seis grupos empresariais estão interessados.

“Ao mesmo tempo, os nossos atuais acionistas, com a ajuda da Investissement Québec”, uma extensão do governo estadual do Quebeque, podem apresentar uma proposta para a compra, disse.

“Por isso, posso garantir o futuro do Cirque hoje, porque eles [os acionistas] se comprometeram a reinvestir 300 milhões de dólares norte-americanos [cerca de 265 milhões de euros] para garantir a sobrevivência da empresa”, afirmou.

Este contrato concluído com o TPG e o Fosun, bem como a Caisse de Dépôt et Placement du Québec, prevê a aquisição de quase todos os ativos do Grupo Cirque du Soleil em dinheiro e por dívida.

Também planeia criar dois fundos no total de 20 milhões de dólares norte-americanos para fornecer assistência adicional aos funcionários afetados pela pandemia e aos empresários independentes do circo.

O Cirque anunciou a demissão de cerca de 3.480 funcionários, em março, com o cancelamento de cerca de 40 apresentações em todo o mundo.

“O contrato de compra estabelece o preço mínimo, ou a oferta mínima aceitável, para um leilão da empresa sob a supervisão do Tribunal, no processo de solicitação de vendas e investimentos, destinado a valorizar a maior oferta possível ou a melhor oferta para o Cirque e seus acionistas”, adiantou a empresa.

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