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Covid-19. Alcançado acordo para pagar baixas médicas a 100%

30 jun, 2020 - 12:28 • Lusa

A notícia é avançada pela coordenadora do Bloco de Esquerda. Catarina Martins diz ainda que o Orçamento do Estado “prevê expressamente” que se continue o processo de regularização de vínculos precários.

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A coordenadora do Bloco de Esquerda anunciou, esta terça-feira, que o subsídio de doença às pessoas infetadas com Covid-19 vai ser pago a 100%, na sequência de um acordo com o Governo, em sede de Orçamento Suplementar.

“Há uma notícia que julgo que é importante: o acordo para garantir que a baixa médica, o subsídio de doença das pessoas com Covid, seja pago a 100%”, anunciou Catarina Martins, em Viana do Castelo.

A dirigente bloquista lembrou que, atualmente, o isolamento profilático, quando as pessoas estão a aguardar a confirmação se estão doentes ou não, é pago a 100%, mas a baixa médica não o é.

“A partir de agora, vamos então garantir que essa baixa médica é paga a 100%, esse subsídio de doença, que é verdadeiramente essencial para que as pessoas possam mesmo ficar em casa”, afirmou.

Catarina Martins falava junto ao Hospital de Viana do Castelo, durante um protesto dos técnicos de radiologia do Serviço de Imagiologia da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) contra a não internalização naquela instituição.

Em situação de ‘outsourcing’, aqueles profissionais queixam-se de trabalhar em regime precário desde 2004 e de estarem a receber “muito menos” do que outros colegas do quadro da ULSAM que fazem “exatamente o mesmo” que eles.

Segundo adiantaram, as diferenças salariais podem ir até aos 500 euros.

“Esta é uma situação perfeitamente inaceitável”, referiu a líder do Bloco de Esquerda, defendendo que aqueles “devem ser trabalhadores do hospital”.

Catarina Martins sublinhou que o Orçamento do Estado deste ano “prevê expressamente” que se continue o processo de regularização de vínculos precários.

Disse ainda que a situação “assume contornos ainda mais graves” porque em causa estão profissionais de saúde “que estão na primeira linha” de resposta à covid-19, já que são eles que fazem os exames aos doentes.

“Estão aqui a ganhar pouco mais que o salário mínimo nacional e sem sequer terem um vínculo”, criticou.

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