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António Costa e a Covid-19: “Devemos ser muito prudentes com as comparações internacionais”

28 jun, 2020 - 12:23 • Redação

Em entrevista ao jornal espanhol "La Vanguardia", António Costa disse que este é o momento de os líderes europeus atuarem para que não seja tarde demais.

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O primeiro-ministro, António Costa, disse este sábado em entrevista ao jornal espanhol "La Vanguardia" que “devemos ser muito prudentes com as comparações internacionais” quando se fala da Covid-19.

Costa estava a ser questionado sobre a menor taxa de letalidade da doença em Portugal quando comparado com países como o Reino Unido, Espanha, França. O líder do governo português salientou uma vez mais que os critérios que cada um dos países usa são diferentes. “Vamos viver com este vírus muito tempo, até que haja uma vacina”, reiterou.

Depois da polémica do jornal “El País”, que chegou a noticiar que havia três milhões de pessoas em confinamento em Lisboa, António Costa quis deixar claro que o problema não está localizado em Lisboa, mas em 18 freguesias de municípios vizinhos e apenas uma se situa na capital.

“Nessas zonas não se assistiu a redução generalizada de casos como no resto do país”, respondeu António Costa.

As medidas mais restritivas que foram decretadas para o conjunto daqueles territórios são justificados pela necessidade de “diminuir o número de casos, que afetam os jovens e os assintomáticos, que são detetados pela testagem pró-ativa que fazemos”.

Costa disse não temer que os surtos nas áreas circundantes de Lisboa façam com que a UEFA repense a localização da final a oito da Liga dos Campeões.

“Não existe nenhuma ligação com o centro da cidade de Lisboa em que decorrerá a Champions”, explicou.

Depois de dizer, uma vez mais, que o pacote de medidas que saiu do Conselho Europeu é muito positivo pela forma como calibra as medidas, o primeiro-ministro diz que há agora que agilizar o processo de as pôr em prática para que elas tenham de facto uma ação efetiva num futuro próximo.

“Há momentos em que os políticos não têm outra opção além de fazer o que é necessário. Isso é muito claro. Não podemos perder mais tempo, porque esta crise exige uma resposta urgente para todos, não apenas para Espanha, Itália ou Portugal, mas para o conjunto dos países e aqueles que mais beneficiam do mercado interno”, enumerou.

Na mesma entrevista, Costa adiantou que se o acordo entre os países europeus não ficar fechado em julho, não entrará em vigor em janeiro, “altura em que já teremos quase um ano de crise” e “estaremos já com uma segunda fase de infecções”. “Há que agir já”, disse.

Por fim, Costa mantém a abertura da fronteira com Espanha para a próxima quarta-feira.

“Vamos celebrar com a toda a dignidade esse dia que marca a reabertura da nossa fronteira, a mais antiga da Europa, que tivemos fechada com muito tristeza nos últimos meses”, rematou.

Comentários
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  • Filipe
    29 jun, 2020 évora 00:42
    Pensavam que enganavam os outros , venderam banha da cobra aos Portugueses e queriam o quê ? Desconfinaram com milhares e milhares de infetados dispersos em casa particular e com centenas de casos diários , o que me admira é não estar já os casos novos na casa dos milhares diários ... mas vão estar brevemente . Aproveitem , fechem já 15 a 20 dias a sério Portugal , caso passam todos o Natal em casa sem luz nas ruas ...
  • Americo Anastacio
    28 jun, 2020 Leiria 15:44
    Porque é que este sr. abandonou a reunião no INFARMED ?

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