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Alba Baptista protagoniza série da Netflix, entre o instinto e o golpe de sorte

26 jun, 2020 - 08:41 • Lusa

A atriz portuguesa, de 22 anos, inicia carreira internacional. Vai lutar contra o mal na série “Warrior Nun”.

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A atriz portuguesa Alba Baptista, protagonista da série “Warrior Nun”, da plataforma Netflix, acredita mais no instinto do que na técnica de representação e conta com isso para cumprir o objetivo de uma carreira internacional.

Aos 22 anos, Alba Baptista é apresentada como a primeira atriz portuguesa a protagonizar uma série da Netflix, criada pelo realizador canadiano Simon Barry, à frente de um elenco sobretudo feminino, e que tem estreia marcada para 2 de julho naquela plataforma de ‘streaming’.

Em entrevista à agência Lusa, Alba Baptista conta que a entrada na série surgiu de um golpe de sorte, depois de ter participado e ter sido distinguida em 2018 no Festival de Cinema Europeu Subtitle, na Irlanda.

Foi lá que contactou com diretores de ‘castings’ e que conseguiu uma janela de oportunidade para se dar a conhecer. Foi escolhida para ser protagonista de uma série que, segundo ela, combina fantasia, ação, ficção científica, humor e tanto pode servir um público jovem como mais adulto.

Em “Warrior Nun”, Alba Baptista é Ava, uma jovem que descobre ter “poderes extraordinários” e que faz parte de uma antiga organização que tem como missão combater demónios na Terra.

“Converteram uma banda desenhada muito de género – iniciada nos anos 1990 por Ben Dunn - para uma série feminista e jovem”, explicou Alba Baptista.

A rodagem aconteceu em 2019 em Espanha, com seis meses intensos de filmagens, com exigência de preparação física e envolvimento na produção.

“No primeiro encontro com o criador ele disse-me: ‘serás a patroa dentro do teu departamento, tens a responsabilidade de carregar contigo a série e ambicionar os outros atores a serem melhores’”, recordou a atriz. E acrescenta: “Estou orgulhosa do trabalho que eu fiz. Não consigo ter algum tipo de vergonha do projeto, porque foi uma dádiva”.

A participação na série, cuja continuidade dependerá dos níveis de audiência – abriu-lhe ainda a porta para um contrato de agenciamento nos Estados Unidos, através do qual espera conseguir mais trabalho.

Apostada em sair de qualquer zona de conforto enquanto atriz, depois de ter feito telenovelas, séries e mais de uma dezena de filmes portugueses, Alba Baptista gostava de experimentar mais cinema independente e europeu.

“Está tudo em aberto. Não posso focar-me em algo e fechar os olhos a outras oportunidades”, disse.

Sem poder revelar como vão ser os próximos meses, Alba Baptista rodará no verão o filme “L’enfant”, produzido por Paulo Branco, com realização de Marguerite de Hillerin e Félix Dutilloy-Liégeois.

Além de “Warrior Nun” e a provar que os dois últimos anos foram intensos em trabalho, estão ainda por estrear quatro filmes em que Alba Baptista entrou, entre os quais “Patrick”, de Gonçalo Waddington, e “Campo de Sangue”, de João Mário Grilo.

Nascida em Lisboa a 10 de julho de 1997, Alba Baptista estreou-se no cinema aos 15 anos numa curta-metragem de Simão Cayatte.

Chegou a pensar em ir estudar representação para Londres, ainda obteve uma bolsa para estudar na ACT – Escola de Atores, mas optou por ir trabalhar e diz que não sente necessidade de aprofundar estudos.

“A minha técnica é o meu instinto e acho que isso não se ensina, não há uma fórmula matemática para ensinar isso. Cada um tem a sua e cada uma é correta. Durante muito tempo pensei que precisasse para chegar ao calibre de certos atores, mas com o tempo e com maturidade percebi que não é o caso. Está em nós. Se quisermos evoluir podemos, não precisamos de uma escola para tal”, disse.

“Warrior Nun” inclui ainda no elenco o ator português Joaquim de Almeida.

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