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Opinião de Ribeiro Cristovão
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Bruno escorrega na laje

25 jun, 2020 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Bruno Lage teve afirmações perfeitamente lamentáveis, e não apenas porque traduziram ofensas graves aos jornalistas. Se dirigidas a qualquer outra classe da sociedade, as palavras reprováveis então escutadas teriam de ser vistas como a mesma gravidade.

O ainda treinador do Benfica, Bruno Lage, anda por estes dias nas bocas do mundo. E não é pelas melhores razões.

Já está vista e revista a matéria principal de terça-feira, no rescaldo do jogo entre o Benfica e o Santa-Clara, disputado no Estádio da Luz, que os açorianos venceram por 4-3.

No final desse jogo, Bruno Lage teve afirmações perfeitamente lamentáveis, e não apenas porque traduziram ofensas graves aos jornalistas. Se dirigidas a qualquer outra classe da sociedade, as palavras reprováveis então escutadas teriam de ser vistas como a mesma gravidade.

Os jornalistas, grosso modo, não foram ofendidos pela primeira vez. No entanto, não temos memória de afirmações tão gravosas, até pelo facto de Bruno Lage ter atirado palavras ao vento sem especificar nomes e factos, o que esvazia o conteúdo das suas acusações.

O Sindicato dos Jornalistas e a Direcção do CNID –Clube Nacional da Imprensa Desportiva- reagiram de imediato, tentando encostar o treinador encarnado à parede.

Ficou no entanto a faltar a palavra dos dirigentes do clube encarnado.

Seria interessante saber se a entidade patronal subscreve as acusações de Bruno Lage, ou se, pelo contrário as repudia e condena.

Este silêncio tem, seguramente, um enorme significado. Ou seja, deixa uma porta aberta à intenção de abrir a porta de saída ao ainda treinador. E essa decisão deverá mesma ser levada por diante nas próximas horas ou, quando muito, nos dias mais chegados.

Porque são muitas as razões que poderão justificar a radical opção: é que, além dos maus resultados, o Benfica tem proporcionado aos seus adeptos as mais desgraçadas actuações.

E não se vê, a curto prazo, a possibilidade de alteração do “estado de alma” em que a equipa mergulhou e a atirou para uma posição que não deixa antever nada de bom.

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