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Marcelo e Marta Temido deixam aviso aos jovens: “O vírus está aí”

20 jun, 2020 - 20:05 • Redação com Lusa

Este sábado realizaram ação de sensibilização em Sintra e entregaram máscaras.

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A ministra da Saúde, Marta Temido, volta a apelar a comportamentos responsáveis face à pandemia da Covid-19, nomeadamente por parte dos mais jovens, de forma a "não desperdiçar o esforço feito nos últimos meses".

"Acho que não podemos desperdiçar o enorme esforço que os portugueses fizeram nos últimos meses. Todas as ocasiões que temos nas nossas vidas individuais é para respeitar os esforços dos portugueses", afirmou Marta Temido aos jornalistas, no final de uma ação de sensibilização junto da população mais jovem que decorreu esta tarde no parque urbano de Queluz, no concelho de Sintra.

A ministra da Saúde respondia desta forma quando questionada sobre a festa convocada esta madrugada na praia de Carcavelos, em Cascais, que juntou mais de mil pessoas e foi interrompida pela PSP.

"Nós estivemos aqui hoje porque acreditamos nos jovens, acreditamos em Portugal e acreditamos na nossa capacidade de interromper as cadeias de transmissão do vírus", sublinhou, escusando-se a referir se há necessidade de medidas adicionais para impedir fenómenos como o de Carcavelos na última madrugada.

Jovens "têm de dar o exemplo"

Nesta ação de sensibilização, que decorreu no Parque Urbano Felício Loureiro, participou, igualmente, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o secretário de Estado e coordenador regional de Lisboa e Vale do Tejo para o combate à covid-19, Duarte Cordeiro, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta.

“O apelo que vocês aqui fizeram e que eu apoio é: jovens, ajudem ainda mais nesta fase porque vocês têm a capacidade para dar mais exemplo do que os outros ainda e, portanto, deem mais exemplo do que os outros”, pediu, numa breve intervenção, depois de ter dado uma volta ao parque a distribuir máscaras, álcool gel para as pessoas desinfetarem as mãos e alertar para a importância destes comportamentos.

Esta ação, de acordo com o Presidente da República, “é para explicar aos jovens como pequenos sinais, por simbólicos que sejam, são fundamentais para mostrarem que eles não podem entender - e não entendem - que vivem num mundo à parte do resto da sociedade”.

“E têm um papel fundamental porque são mais jovens, têm de dar o exemplo. Têm de dar o exemplo no distanciamento, em não haver ajuntamentos, não fazendo aquilo que às vezes apetece fazer que é ir amontoados para as praias, para as festas e outras coisas assim e depois obrigam a que as autoridades crescentemente tenham de intervir”, advertiu.

Na perspetiva de Marcelo Rebelo de Sousa, “era mais fácil não ter de intervir, como aconteceu no confinamento voluntário”. “A larga maioria dos jovens percebe isto, mas há minorias que, de vez em quanto, nos jovens como nos não jovens, de repente, nesta fase de desconfinamento, acham que já passou a pandemia, que não há vírus”, afirmou. O aviso do chefe de Estado é claro: “isso é falso. O vírus está aí”.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, na distribuição que tinha acabado de fazer de máscara e na demonstração da “importância de desinfetar as mãos, de haver distanciamento, não haver ajuntamentos”, encontrou “uma recetividade enorme”.

“Nenhum de nós é defensor de que a sociedade tenha de ser levada à força a adotar comportamentos”, destacou.

Esta madrugada, a PSP dispersou mais de mil pessoas de uma festa convocada pelas redes sociais para a praia de Carcavelos, quando vigora no país a proibição de ajuntamentos desta dimensão.

A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 460 mil mortos e infetou mais de 8,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.528 pessoas das 38.841 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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