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Bruxelas apoia circular do Metro de Lisboa com 83 milhões de euros

18 jun, 2020 - 11:57 • Marta Grosso

O investimento total é de investimento total de 276 milhões. O projeto deverá assegurar uma melhor ligação entre o centro da capital e a periferia, através da ligação de vários meios transportes públicos.

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A Comissão Europeia aprovou, nesta quinta-feira, um investimento de 83 milhões de euros do Fundo de Coesão para melhorar a rede de metro em Lisboa.

Bruxelas considera que o projeto irá melhorar as ligações, eficiência e a segurança das linhas da capital, ao ligar a linha amarela, que serve a zona com a maior densidade de empregos, com a linha verde, tornando-a circular.

Depois de concluída, a rede de metro melhorada reduzirá os estrangulamentos e os tempos de viagem na área metropolitana de Lisboa.

“Este projeto trará benefícios para a área metropolitana de Lisboa: ligações mais fáceis entre todos os modos de transporte público, tempos de viagem mais curtos, redução das emissões de CO2 e melhor acesso a estes serviços, nomeadamente para as pessoas com mobilidade reduzida”, afirma a comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, em comunicado.

Em março, Portugal solicitou o apoio do Fundo de Coesão para a conclusão da linha amarela circular e forneceu à Comissão todas as informações necessárias. A resposta chega agora, com um parecer positivo.

A linha circular do Metro de Lisboa deverá assegurar uma melhor ligação entre o centro urbano da cidade e a periferia, especialmente para as pessoas que se deslocam a partir dos concelhos de Oeiras, Cascais, Almada, Seixal e Montijo até ao Cais do Sodré e aqueles que usam as rotas de Sintra/Azambuja e Sul/Setúbal para chegar a Entrecampos.

Este investimento vai melhor as ligações entre vários modos de transporte público: comboio, metro, barco e autocarro.

Os trabalhadores pendulares, incluindo os que têm mobilidade reduzida, beneficiarão de um melhor acesso aos transportes públicos, tempos de viagem mais curtos, menos tempo de espera nas estações e menos transbordos entre modos de transporte. Um novo sistema de sinalização e dez novos comboios impulsionarão a eficiência e a segurança.

Estima-se que a utilização dos transportes públicos venha a aumentar significativamente após a conclusão do projeto (prevista para 2024), enquanto o transporte automóvel irá diminuir cerca de 25 milhões de passageiros-quilómetro.

A confirmar-se este cenário, o consumo de energia baixa e as emissões de CO2 reduzem-se em cerca de 5.000 toneladas por ano.

De um modo geral, as ligações melhoradas contribuirão para a criação de emprego na região, uma vez que tornará Lisboa mais atrativa para as empresas e os investimentos, considera ainda o executivo comunitário.

Em fevereiro, o projeto da circular do Metro de Lisboa foi “chumbado” pelo Parlamento, mas, em abril, o Governo anunciou que seria para continuar. O ministro do Ambiente justificou que a posição da Assembleia da República era uma “recomendação política” e que o Plano de Expansão da rede do Metropolitano de Lisboa era “urgente e crítico para o interesse público”, especialmente “perante os efeitos sobre a economia que a pandemia do Covid-19 já está a provocar em todo o mundo e em Portugal”.

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