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Jacinto Lucas Pires-Henrique Raposo
Um escritor, dramaturgo e cineasta e um “proletário do teclado” e cronista. Discordam profundamente na maior parte dos temas.
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“Reportagem da Renascença devia ser vista pelo Presidente” - Henrique Raposo e Jacinto Lucas Pires

H. Raposo

Pedrógão. “Reportagem da Renascença devia ser vista por Marcelo”

17 jun, 2020 • Marta Grosso , Miguel Coelho (moderação do debate)


Henrique Raposo e Jacinto Lucas Pires analisam as críticas que surgem passados três anos do grande incêndio em Pedrógão Grande e o caso do Novo Banco. “Porque é que um banco não pode falir?”

Jacinto Lucas Pires e Henrique Raposo olham com preocupação e criticismo para o que se vive em Pedrógão Grande, agora que passam três anos sobre os grandes incêndios que mataram 66 pessoas.

“Não se encontra razão” para que as coisas tenham voltado ao que eram “e é um péssimo sinal para o pós-pandemia”, numa altura em que “se diz que vamos aproveitar para transformar tudo”, diz Francisco Lucas Pires nesta quarta-feira.

Na opinião de Henrique Raposo, “a reportagem que está no site da Renascença, o vídeo com uns 15 minutos, devia ser visto por toda a gente a começar pelo Presidente da República”.

Isto, porque, recorda o comentador do programa As Três da Manhã, Marcelo “foi bem claro” quando disse que iria depender o seu próximo mandato do que acontecesse em Pedrógão depois dos incêndios.

Henrique Raposo defende ainda a criação de moratórias e incentivos fiscais para as pessoas que deixam as grandes cidades, como Lisboa e Porto, e vão para o interior do país. Porque a economia local demora até dar rendimento.

Outro assunto em debate foi o Novo Banco, que já veio dizer que precisa de mais dinheiro. Jacinto Lucas Pires mostra-se indignado e cita Miguel Cadilhe na entrevista que deu à Renascença.

Henrique Raposo lembra que foi Mário Centeno que “liderou o negócio entre o Novo Banco e o Lone Star” e que, “se for para o Banco de Portugal, passa para o outro lado do sistema e vai fiscalizar o negócio que ele próprio fez”.

“Voltamos às portas giratórias do regime”, critica.

Henrique Raposo também diz não compreender “porque é que um banco não pode falir”.

“É que isto cria, à volta de um gestor bancário, uma espécie de bolha amoral em que não há consequências para a sua gestão”, afirma, admitindo, por outro lado, que muitas empresas dependem da saúde financeira dos bancos.

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