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Lutar contra o racismo "não é destruir História, é fazer História diferente", diz Marcelo

15 jun, 2020 - 15:17 • Lusa

Presidente da República defende que a melhor maneira de lutar contra "as discriminações, e concretamente contra o racismo ou a xenofobia, é criar condições hoje, e para o futuro, que reduzam essas desigualdades".

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que Portugal tem setores racistas e xenófobos, mas defendeu que a maneira de lutar contra as discriminações "não é estar a destruir História, é fazer História diferente".

Em resposta a questões dos jornalistas, nas instalações da RTP, em Lisboa, depois de dar uma aula em direto para o projeto de ensino à distância #EstudoEmCasa, o chefe de Estado sustentou a História deve ser assumida como um todo e condenou a vandalização e destruição de estátuas, interrogando: "Isso traduz-se em quê?".

"Eu acho que a maneira de verdadeiramente lutar contra as discriminações, e concretamente contra o racismo ou a xenofobia, é criar condições hoje, e para o futuro, que reduzam essas desigualdades. Não é estar a destruir História, é fazer História diferente. É fazer História diferente, é aditar História diferente", afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que "o destruir a História é um exercício teoricamente muito fácil, mas que não vai, na prática, mudar as condições de vida daqueles que são discriminados, que são isolados", como os moradores do Bairro da Jamaica, no concelho do Seixal.

"Visitei as casas deles, conheço o que é a casa deles. Como visitei bairros que não são de minorias étnicas, onde há quem, pertencendo à maioria étnica portuguesa, viva em bairros assim. É combater isso, é acabar com esses bairros, isso é que é fundamental", contrapôs.

O Presidente da República condenou a vandalização da estátua do padre António Vieira, em Lisboa, que considerou um gesto "verdadeiramente imbecil" contra a memória do "maior orador português" e "um homem progressista" para a sua época.

"Quanto ao padre António Vieira, o que foi feito demonstrou, não só ignorância, como imbecilidade", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

[Notícia atualizada]

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