09 jun, 2020 - 11:29 • Aura Miguel
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A pensar nos efeitos da crise económica causada pela pandemia, o Papa ofereceu um milhão de euros à Cáritas de Roma para a criação do “Fundo Jesus divino trabalhador”.
Numa carta à Diocese de Roma, Francisco lança este projeto de apoio económico “para valorizar a dignidade do trabalho”, a pensar “naqueles que correm o risco de ficar excluídos dos apoios institucionais e que precisam de ajuda até poderem recomeçar a caminhar autonomamente”.
O Papa está preocupado, sobretudo, com “a grande quantidade de trabalhadores ocasionais - como os que têm contrato a termo não renovado, os que ganham à hora, os estagiários, os trabalhadores domésticos, os pequenos empresários e os trabalhadores por conta própria -, especialmente os dos setores mais atingidos” e ainda com “muitos pais e mães de família que lutam com fadiga para poderem alimentar os filhos e garantir-lhes o mínimo necessário”, pode ler-se na missiva.
Para a manutenção deste fundo, todos são chamados a contribuir, como um “sinal e gesto concreto de inclusão, sobretudo, para aqueles que buscam apoio, esperança e reconhecimento dos próprios direitos”.
O Papa apela à generosidade de particulares e de instituições romanas e incentiva a “solidariedade da porta ao lado”, neste tempo extraordinário "em que não basta partilhar apenas o supérfluo”.
O país tem 235.278 casos confirmados e 33.964 mortes por Covid-19. Mais de 166 pessoas recuperaram da doença.