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​João Leão. Rendimentos das famílias e contas certas são prioridades para o novo ministro das Finanças

09 jun, 2020 - 15:11 • Redação com Lusa

Sucessor de Mário Centeno na pasta das Finanças quer “manter e assegurar a estabilidade económica e social”.

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O futuro ministro das Finanças, João Leão, anuncia que a sua prioridade imediata é manter os rendimentos das famílias portuguesas em plena crise provocada pela pandemia de Covid-19 e garantir contas certas.

“Esta é, como o Governo tem referido, uma crise profunda e súbita e que temos de responder com políticas capazes de enfrentar o desafio que temos pela frente”, disse João Leão numa declaração ao lado de António Costa e Mário Centeno, no final do Conselho de Ministros, que aprovou o Orçamento Suplementar.

O futuro ministro de Estado e das Finanças considera uma honra continuar a servir Portugal com “funções mais acrescidas”, assumindo o compromisso de “manter e assegurar a estabilidade económica e social para os portugueses”.

“É um honra poder continuar a servir o meu país, agora com funções mais acrescidas, ainda para mais numa fase tão exigente para o país. Ao longo dos últimos cinco anos trabalhei ao lado do ministro Mário Centeno como seu secretário de Estado do Orçamento e aproveito também esta oportunidade para agradecer o convite que me fez para essas funções”, disse João Leão, que foi o último a falar numa conferência mais curta e com possibilidade de menos perguntas do que o habitual neste período de covid-19.

Na perspetiva do futuro responsável pela pasta das Finanças, “em boa hora” o Governo construiu “bases financeiras sólidas, para que o país possa enfrentar com melhores condições esta crise criada pela pandemia”.

“É, como o Governo tem referido, uma crise profunda e súbita e que temos que responder com políticas capazes de enfrentar o desafio que temos pela frente”, defendeu.

Assim, na perspetiva de João Leão, numa primeira fase importa concentrar todos os esforços em “políticas de estabilização da economia, no apoio ao emprego e às empresas, e na ajuda às famílias e à manutenção dos seus rendimentos”.

“Isto é fundamental para que, numa segunda fase, voltemos a recuperar a economia e de novo a conseguir o equilíbrio certo e virtuoso entre o crescimento da economia e do emprego e as contas certas, por outro lado”, justificou.

Só seguindo este plano é que será possível “manter e assegurar a estabilidade económica e social para os portugueses”, um compromisso que o governante assume que vai prosseguir “por agora”.

O Presidente da República aceitou hoje a exoneração de Mário Centeno como ministro de Estado e das Finanças, proposta pelo primeiro-ministro, e a sua substituição por João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento.

Segundo uma nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu de António Costa "as propostas de exoneração, a seu pedido, do ministro de Estado e das Finanças, professor doutor Mário Centeno, e de nomeação, em sua substituição, do professor doutor João Leão".

O Presidente da República "aceitou as propostas", lê-se na mesma nota.

João Leão é doutorado em Economia pelo Massachusetts Institute of technology (MIT) e integrou a equipa económica de António Costa logo em 2015, tendo feito parte do grupo de economistas preparou o cenário macroeconómico que acompanhou o programa eleitoral do PS.

Secretário de Estado do Orçamento desde novembro de 2015, João Leão tem sido responsável pela política orçamental dos governos de António Costa.

Será João Leão que, no próximo dia 17, vai apresentar na Assembleia da República, a proposto do Governo de Orçamento Suplementar hoje aprovada em Conselho de Ministros.

De acordo com a mesma fonte, o ainda secretário de Estado do Orçamento possui "um sólido conhecimento da economia portuguesa, tendo liderado o Gabinete de Estudos do Ministério da Economia durante cinco anos, durante a vigência de distintos governos".

No plano político, João Leão é considerado próximo do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, de quem foi assessor do secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento entre 2009 e 2010, durante o segundo Governo socialista de José Sócrates.

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  • Americo
    09 jun, 2020 Leiria 22:41
    "....o Governo construiu “bases financeiras sólidas...." Estão a falar a sério, ou a brincar. Vejam para onde disparou o valor da dívida pública e comparem com os outros Países que efectivamente “bases financeiras sólidas". Este governo criou foi mais calotes e impostos indirectos, Veja-se só caso dos combustíveis. Uma Vergonha.....

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