04 jun, 2020
Claro que se anteviam dificuldades para o Futebol Clube do Porto no jogo de reatamento do campeonato da primeira Liga, por se reconhecer capacidade e qualidade a uma equipa que se tem constituído como a grande sensação da temporada. E foram esses atributos que estiveram na base de uma vitória proveitosa, porque embala o grupo para a possibilidade de se candidatar a uma classificação europeia.
Os famalicenses não jogaram no erro do adversário, mas a verdade é que beneficiaram largamente dos deslizes do Futebol Clube do Porto, em especial do seu guarda-redes, em primeira instância, e depois de todo o sector defensivo que acumulou falhas durante praticamente toda a partida.
É verdade que os portistas estiveram por cima na primeira parte, porém sem conseguir chegar com êxito à baliza de Dependi. Foram melhores em tudo, até em jogo jogado, mas no segundo tempo faltou-lhes discernimento e muita competência. Por tudo isto, deixaram caminho aberto ao Benfica para que a este seja possível recuperar de novo, logo à noite, o comando da classificação.
E dos primeiros dois jogos de uma jornada que ainda pode proporcionar mais momentos palpitantes, fica como marco mais impressivo aquele que aos 49 minutos nos trouxe o golo mais espetacular de quarta-feira. Foi seu autor o brasileiro Lucas Fernandes que, ao brilho, juntou proveito de o Portimonense ter somado a sua segunda vitória em casa, e mercê dela dar um salto pontual interessante na tabela classificativa.
Hoje, Benfica e Sporting vão ver as luzes da ribalta: os encarnados são favoritos no jogo que disputam na Luz frente ao Tondela, enquanto os leões vão certamente passar as do Algarve no Minho.
Finalmente, uma referência para o futebol sem público: foi o que todos esperavam, isto é, um espetáculo sensaborão, onde faltou esse principal condimento que lhe dá brilho e emoção.
E quanto às claques, presentes apenas fora dos campos, ficou dado o primeiro sinal, ou seja, comportamento sem mácula, um exemplo para aqueles que se lhes seguirão.