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Médicos de Saúde Pública

"Será difícil não voltar a adiar a abertura" dos centros comerciais na região de Lisboa

03 jun, 2020 - 16:35 • Pedro Mesquita com Redação

O presidente da Associação dos Médicos de Saúde Pública argumenta que se "agravou o contexto" que levou à decisão de adiar a reabertura dos "shoppings" da área da capital.

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O presidente da Associação dos Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia, considera que, face aos registos de infetados dos últimos dias, será prudente adiar a reabertura dos centros comercias na zona da Grande Lisboa.

"Atendendo a que a decisão de adiar a abertura na semana passada foi tomada num determinado contexto e que esse contexto de agravou, vejo como difícil que a decisão agora possa ser diferente, que possa ser outra que não seja voltar a adiar a abertura", diz o especialista à Renascença.

"O número de casos aumentou, o quadro está mais ou menos constante ao longo destes dias e eu acredito que deverá ser tomada uma decisão em linha com a de há uma semana, diferindo um pouco mais essa abertura, face ao risco envolvido", reforça Ricardo Mexia.

Esta quarta-feira, os números da DGS apontam apontam para mais 366 infetados por Covid-19, em Portugal, 92% dos quais detetados na região de Lisboa e Vale do Tejo e para amanhã, quinta-feira, está prometida uma decisão do Governo sobre a eventual reabertura de centros comerciais na região da capital.

Além de defender novo adiamento, o presidente da Associação dos Médicos de Saúde Pública diz que "se a situação se agravar" deve ser tida em conta a possibilidade de "reverter as medidas em setores que já reabriram, exactamente para reduzir a possibilidade de disseminação da doença".

Nesse caso, será necessário "identificar as vias de transmissão para intervir de forma directa sobre elas" e, caso se comprove que o problema está "numa atividade que já retomou, essa atividade terá de ser interrompida".

Ricardo Mexia dá um exemplo: "No Bairro da Jamaica foi encerrado um conjunto de estabelecimentos, cafés e restaurantes, por terem sido identificados. Se acontecer algo semelhante de forma mais generlaizada, teremos de generalizar a aplicação de medidas de reversão."

Nestas declarações, o presidente da Associação dos Médicos de Saúde Pública diz não ter "nenhuma explicação para o que está a acontecer em Lisboa" nem para o facto de "não acontecer noutras zonas de maior concentração, como, por exemplo, no Porto"

"Sabíamos que, perante a redução das restrições, era provável que aumentasse o número de casos. O segredo era que aumentasse pouco. Mas não tenho explicação para o que está a acontecer", remata.

Comentários
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  • José
    04 jun, 2020 Lisboa 18:02
    O governo , através da segurança social e do ministério da administração interna só dá direitos aos que vem pedir asilo , aos que nada fazem , aos que vivem de subsídios , nada de deveres , depois olha , dá nisto. O surto que se está a assistir em Lisboa tem origens bem especificas , bairros sociais onde muita gente até admite viver de subsídios , onde também alguns tiveram de sair para ir trabalhar para as obras ( provav. até foram infetados por aqueles que só gostam é de copos)e pessoas que tem processos de asilo em Portugal , que não querem sair de Lisboa porque são "finos" , estão por exemplo numa moradia alugar pela segurança social em Loures ,sabem que não podem sair mas mesmo assim saem porque "não gostam da comida que lhes é levada" e estão literalmente a cagar-se para os outros e para a policia que nada pode fazer senão advertir e eles riem-se … O governo habitua esta gente assim , depois temos isto , uma região com um milhão de pessoas sem atividade porque umas centenas decidiram que possuem mais direitos que os outros e em x de serem presos continuam a gozar com o pessoal. Viva o PS , viva o BE , enterram a justiça e retiram autoridade á policia , depois dá nisto.
  • joão
    04 jun, 2020 Porto 11:14
    Infelizmente por uns pagam todos, concertos no campo pequeno com 2000 pessoas não acho nada normal a quarentena em ovar foi aplicada por muito mas mesmo muito menos. Agora o que se está a passar no porto vai rapidamente alterar visto que tenho identificado muita gente sem mascaras no metro principalmente juventude portanto espero estar enganado mas aqui por cima também vai piorar a médio prazo.
  • Paulo
    04 jun, 2020 Santos 00:43
    E diz-se este sr Presidente da Associação dos Médicos de Saúde Pública ??? Quer que lhe explique facilmente para que entenda ? Se continuarem a testarem sem critério em assintomáticos em Lisboa e Vale do Tejo (com testes super sensiveis que detectam até particulas do virus) espera o quê ?? Não tenha a ideia de fazer isso no país todo, senão borra a pintura do "excelente" combate feito ao Covid !!
  • Maria Aguiar Pereira
    03 jun, 2020 PEDRAS PRETAS em PORTO SANTO 17:23
    Acho eu uma autêntica loucura se pensam em reabrir! São espaços onde há uma exagerada concentração de pessoas! Os centros comerciais são perigosos para o contágio! Quem vai beneficiar são os comerciantes de rua. Por conseguinte "o comércio de rua" sempre me fascinou, me atrai e temos no nosso PAÍS este tipo de comércio de que nos podemos orgulhar muito. Torna as cidades mais encantadoras!

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