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​Ministro diz que seria “inaudito” que país ajudasse a TAP e abandonasse a CP

03 jun, 2020 - 12:08 • Lusa

"CP está a perder 20 milhões de euros por mês e, portanto, é uma empresa que precisa de auxílio de Estado, e esse auxílio de Estado vai acontecer", garante Pedro Nuno Santos.

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O ministro das Infraestruturas garante que a CP vai ter auxílio de Estado, defendendo que seria "inaudito" que o país fizesse um esforço "brutal" para a ajudar a TAP e não fizesse o mesmo com a transportadora ferroviária.

Pedro Nuno Santos, que falava aos jornalistas, esta quarta-feira, durante uma viagem entre o Porto e a Régua numa das oito carruagens Schindler que neste momento já se encontram ao serviço na Linha do Douro, sublinhou que o serviço que a CP presta aos portugueses "é da máxima importância", sendo "crítico" para o futuro e para o desenvolvimento do país.

"Seria inaudito que o país fizesse um esforço tão grande para auxiliar a TAP e não fizesse para auxiliar a CP e, portanto, a mim, enquanto ministro das Infraestruturas e da Habitação, nem sequer me passa pela cabeça que o Estado português que vai fazer um esforço brutal para auxiliar a sua companhia aérea não fizesse o mesmo com a CP", afirmou, adiantando que a tutela está a trabalhar numa solução.

Questionado pelos jornalistas, o governante não adiantou, contudo, o modelo encontrado para ajudar a CP, que acumula perdas mensais na ordem dos 20 milhões de euros.

"A solução em concreto, nós estamos a trabalhar nela, o que estou a dizer é que obviamente nós não vamos deixar a CP mal. A CP está a perder 20 milhões de euros por mês e, portanto, é uma empresa que precisa de auxílio de Estado, e esse auxílio de Estado vai acontecer", disse.

Segundo o ministro das Infraestruturas, a empresa tem um nível dívida muito elevado e precisa de ser "saneada", sendo essa "uma das premissas do próprio contrato de serviço público".

"Nós teremos de resolver isso. Seja qualquer for a forma, a CP vai ficar com contrato de serviço público e com o seu balanço equilibrado. Portanto, vamos esperar algum tempo, conhecerão a solução concreta no momento certo, mesmo que no curto prazo nós precisemos de recorrer a uma solução de empréstimo", admitiu.

O governante sublinhou, no entanto, que não é intenção do Governo "colocar mais dívida em cima da dívida que a CP já tem", estando a trabalhar em soluções para resolver o problema.

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  • antonio
    03 jun, 2020 vila pouca de aguiar 13:29
    O Pandémico ministro do folclore do IP3, dos comboios a cairem de podres, do metro de Lisboa barulhento pelo desgaste do material, um ministro que viaja em carro e com motorista e não sabe nada de nada anão ser pensar substituir Costa, quando este for o candidato a Belém. Assim o PNS é um nódoa...claro ele irá dizer que a culpa é deste, daquele outro e no final do Passos Coelho!! É o género de político do PS.

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