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PSP falou com Super Dragões e acredita que "vai correr tudo bem" em Famalicão

02 jun, 2020 - 16:23 • Lusa

"É uma claque que cria problemas nos estádios, como todas infelizmente todas criam, mas queremos acreditar que, neste caso em concreto, têm todo o interesse que não haja problemas", afirma o diretor nacional da PSP.

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Os Super Dragões são uma claque "que cria problemas, como todas as outras", mas o Diretor Nacional da PSP acredita que “vai correr tudo bem” com os ultras do FC Porto na deslocação a Famalicão, na quarta-feira.

O campeonato de futebol regressa amanhã, com jogos à porta-fechada, mas a claque do FC Porto já disse que vai apoiar a equipa no exterior do estádio.

Questionado pelos jornalistas, à margem da cerimónia de inauguração da Esquadra da PSP de Cedofeita, no Porto, o superintendente-chefe Magina da Silva adiantou que embora as regras em vigor para a situação de calamidade não impeçam que os adeptos vão até ao estádio, não permitem grupos com mais de 20 pessoas, pelo que sublinhou, essas regras vão ter de ser cumpridas.

"Esse trabalho foi feito com a claque em concreto, é uma claque que cria problemas nos estádios, como todas infelizmente todas criam, mas queremos acreditar que, neste caso em concreto, têm todo o interesse que não haja problemas. Foi isso que foi manifestado nas reuniões que tivemos e queremos acreditar que vai correr tudo bem", afirmou, sublinhando que há vários meses que a PSP se vem preparando para o regresso da I Liga.

Quanto ao dispositivo policial, o diretor nacional da PSP adiantou que o mesmo foi adaptado a um cenário de covid-19, tendo sido reduzido em face da ausência de necessidade de controlar massas de adeptos. À volta do estádio será, contudo, definido um perímetro de segurança que os adeptos, sublinhou, "não vão puder ultrapassar". Já dentro do estádio, acrescentou Magina da Silva, a PSP terá uma "presença minimalista".

De acordo com aquele responsável, a PSP terá ainda a preocupação do policiamento de cidade, tendo em conta que os adeptos têm tendência a juntar-se para ver a bola.

"O apelo que queremos deixar aqui é que as pessoas consigam encontrar um equilíbrio entre o desejo que têm de celebrar o apoio aos clubes e obviamente o necessário cuidado para prevenção da pandemia. E quero acreditar que vai correr tudo bem", concluiu.

MAI apela para cumprimento das regras da DGS

Na mesma ocasião, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, apelou para que os adeptos garantam que a reabertura do campeonato nacional de futebol seja feita em "espírito de festa", mas respeitando as regras da Direção-Geral de Saúde (DGS).

Eduardo Cabrita garante que o efetivo policial destacado é "adequado e proporcional às circunstâncias", mas salientou que este é um esforço que "recai sobre todos".

"O apelo que eu faço aos cidadãos que gostam de futebol e que esperaram estes meses para que o campeonato fosse retomado é que o façam com respeito pelas orientações da Direção-Geral da Saúde, façam fundamentalmente sem ajuntamentos e quando queiram manifestar, de forma exuberante, eventualmente a alegria pelos resultados dos seus clubes que o façam com distanciamento físico", disse.

O ministro da Administração Interna adiantou que "tal como é habitual", as forças de segurança estabeleceram contactos quer com os clubes de futebol, quer com as claques.

"O apelo que eu faço a todos que garantam que o regresso do futebol seja o regresso de um espírito de festa, infelizmente com estádios vazios, mas é exatamente respeitando as regras de segurança que podemos garantir primeiro que haja futebol, e em segundo lugar que o mais cedo possível o futebol seja visto nos estádios", concluiu.

Esta terça-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, reforçou o apelo aos adeptos de futebol numa altura em que começou a contagem decrescente para o regresso da I Liga com jogos à porta fechada. Graça Freitas apela ao distanciamento social, mesmo na hora de celebrar os golos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 375 mil mortos e infetou mais de 6,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 2,6 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.436 pessoas das 32.895 confirmadas como infetadas, e há 19.869 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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