01 jun, 2020 - 16:07 • Maria João Costa
Veja também:
Só no último mês, mais de 16 mil famílias pediram apoio direto ao Banco Alimentar. A campanha de “Emergência Alimentar” conseguiu angariar na última semana 1,4 milhões de euros em donativos para disponibilizar alimentos básicos às famílias afetadas pela crise da pandemia de Covid-19.
Em comunicado, a Rede de Emergência Alimentar, desenvolvida pela Entreajuda e assente nos Bancos Alimentares aderentes, diz que o “montante inclui 1,1 milhões de euros da campanha “Emergência Alimentar” promovida pelo BPI, Fundação “la Caixa” e a RTP”.
A este esforço junta-se também o “compromisso de várias entidades internacionais de doar mais 300 mil dólares nos próximos dias”, entre essas instituições está por exemplo, o Banco de Desenvolvimento da América Latina.
A conta solidária contou com os contributos de várias empresas e fundações, entre elas estão a TEAK Capital (holding da família de Carlos Moreira da Silva), a Fundação Calouste Gulbenkian, a Tabaqueira e o Esporão. O objetivo desta ação solidária é reagir à emergência social que a crise pandémica gerou.
Segundo Isabel Jonet, a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome e da Entrajuda, “a adesão a esta campanha foi uma extraordinária demonstração de solidariedade”. A responsável expressa por isso um “agradecimento aos milhares de doadores, voluntários e empresas e instituições que apoiaram a Rede de Emergência Alimentar ".
A campanha “Emergência Alimentar” difundida na rádio e televisão juntou 1,1 milhões de euros. “Em paralelo, o BPI e a Fundação “la Caixa” mobilizaram o apoio de particulares, empresas e instituições” juntando um montante total de mais de 800 mil euros.
Também a Federação Portuguesa de Futebol e a Fundação do Futebol associaram à divulgação desta iniciativa e as operadoras Meo, Nos e Vodafone abdicaram de qualquer receita da linha de valor acrescentado para angariação de donativos, em favor da Rede de Emergência Alimentar.
Quem precisar de ajuda alimentar e esteja em situação de carência ode inscrever-se na Rede de Emergência Alimentar. Esse registo pode ser feito “pelos próprios, familiares, amigos ou quaisquer outros”, depois será feito o encaminhamento para um ponto de entrega de alimentos próximo da residência. As refeições são transportadas por uma equipa de voluntários “devidamente protegidos”.
Antes da crise provocada pela Covid-19, os Bancos Alimentares apoiavam 380 mil pessoas. Agora, a estas, acrescem mais 60 mil pessoas afetadas pela pobreza. Dados do Banco Alimentar mostram que prestam apoio alimentar a 4 por cento da população portuguesa.