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Marcelo faz testes à Covid-19 de 15 em 15 dias

29 mai, 2020 - 15:08 • Inês Braga Sampaio

Em entrevista à Renascença, o Presidente da República admite que tem tido cuidado, durante a pandemia, por fazer parte do grupo de risco e pelo desejo de proteger os que o rodeiam.

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Marcelo à Renascença. "Em Lisboa não há uma situação descontrolada".
Marcelo à Renascença. "Em Lisboa não há uma situação descontrolada".

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O Presidente da República não só usa sempre máscara, quando anda na rua, como faz testes de diagnóstico de 15 em 15 dias, segundo revelou, esta sexta-feira, em entrevista à Renascença.

"Fiz o primeiro quando fiz aqui o meu confinamento resultante da [visita à] escola de Felgueiras [onde houve um surto], no início de março. Antes do estado de emergência, quando voltei ao Palácio de Belém. Depois, fiz outro já em maio, outro no final de maio e, agora, um depois da ida a Ovar [que teve cerca sanitária]. Tem de ser, porque tenho uma responsabilidade de ir a mais cerimónias e estar mais exposto", justificou Marcelo Rebelo de Sousa, no programa As Três da Manhã.

O Presidente da República tem tido várias cautelas, também por fazer parte do grupo de risco. Por isso, ainda não se aventurou em transportes coletivos, como comboios, nem em estabelecimentos de ensino.

"Há realidades que, realmente, ainda não fiz e que irei fazendo aos poucos. Hei-de regressar, ainda, à minha universidade para ir lá ao meu gabinete, para ver como é que está", assinalou o chefe de Estado.

Marcelo revelou, também, que tem cuidado com quem, como e quando recebe no Palácio de Belém, a residência presidencial: "Não recebo mais que uma ou duas pessoas de cada vez, muito espaçadas."

Passar a noite num hotel que não chegou a fechar


Em relação à sua experiência pessoal nesta fase de reabertura gradual de atividades e estabelecimentos encerrados devido à pandemia, Marcelo Rebelo de Sousa contou: “Esta noite que passou, passei-a num hotel, para verificar as condições de higiene do hotel”.

“Achei que as condições são muito estritas. É um hotel que nunca fechou. São muito estritas. Tudo é desinfetado: a mala, a pasta, o computador. Há uma desinfeção de quem entra, há uma desinfeção permanente dos quartos. Mas tem de ser assim”, acrescentou.

Para Marcelo, a prevenção é, também, um ato de altruísmo: "Eu não ponho a máscara a pensar em defender-me a mim, mas a pensar em proteger todos os que estamos em contacto, onde quer que estejamos."

Nesta entrevista à Renascença, o Presidente da República diz que a situação pandémica provocada pela Covid-19 em Lisboa não está descontrolada, mas pede cuidado e bom senso na terceira fase desconfinamento que arranca para a semana.

Portugal regista 1.383 mortes (mais 14 que na quinta-feira) e 31.946 casos (mais 350, o número mais alto desde 8 de maio e que supõe um aumento de 1,1%) confirmados de infeção pelo novo coronavírus, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O relatório desta sexta-feira, com dados atualizados até às 00h00 de quinta-feira, mostra uma subida de 274 no número de recuperados, para um total de 18.911. Ou seja, 59,2% das pessoas diagnosticadas com Covid-19 já recuperaram. Contudo, há mais 62 casos ativos: sobe para 11.652.

A zona de Lisboa e Vale do Tejo tem aproximadamente 4.400 casos ativos de Covid-19, de um total de 11.652 casos ativos erm Portugal, o que representa cerca de 37% dos casos.

O atualização dos dados referentes à zona de Lisboa e Vale do Tejo, a que tem mais casos em todo o país, foi feita pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em conferência de imprensa.

Mapa da Covid-19

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