28 mai, 2020 - 13:00 • Redação
Miguel Fonseca, advogado de Bruno de Carvalho, diz que "houve muitas tentativas para comprar" as juízas do caso de Alcochete, antes de deixar grandes elogios ao acórdão lido esta quinta-feira e que viu o antigo presidente do Sporting absolvido de todos os crimes.
"Valeu a pena o fato e a gravata, é um dia de vitória para a magistratura, porque estas juízas não se deixaram comprar e houve muitas tentativas para as comprar", deixa a acusação, sem adiantar mais detalhes.
Apesar de ter a expetativa que não existissem quaisquer penas de prisão efetiva, Miguel Fonseca elogia a sentença.
"Foi um acórdão exemplar, assinava todas as decisões, mas tinha a expetativa que não houvesse penas efetivas, mas elas elas vêm por aí abaixo", diz, com a expetativa que sejam reduzidas as penas de prisão efetiva.
O Tribunal de Almada ilibou, esta quinta-feira, os arguidos Bruno de Carvalho, Bruno Jacinto, antigo oficial de ligação aos adeptos, e Nuno Mendes (Mustafá), líder da claque Juventude Leonina, da acusação de autoria moral do ataque à Academia de Alcochete, em maio de 2018.
Indo ao encontro da alegação final do Ministério Público (MP), o coletivo de juízes presidido por Sílvia Pires iliba o ex-presidente do Sporting, o antigo oficial de ligação aos adeptos e o líder da claque Juventude Leonina da participação no ataque.
"Não se prova que as publicações de Bruno de Carvalho nas redes sociais tenham servido para incitar os adeptos. Não se prova qualquer causa-efeito na expressão 'façam o que quiserem' e o que aconteceu na academia. Quanto à reunião em que o arguido perguntou quem estava com ele, essa expressão foi utilizada no sentido de saber quem estava com aquela direção", afirmou.
A 15 de maio de 2018, cerca de 40 adeptos encapuzados, alegadamente afetos ao Sporting e à claque Juventude Leonina, invadiram a Academia do clube, em Alcochete, e agrediram jogadores e equipa técnica.
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