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Mais de metade das festas e eventos foram cancelados em março e abril

27 mai, 2020 - 14:25 • Sandra Afonso

Casamentos e aniversários são as festas mais canceladas. Os organizadores falam em quebras de 80% nos rendimentos e a maior parte não conseguiu recuperar o dinheiro investido.

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Mais de metade das festas e eventos foram canceladas em março e abril, sobretudo casamentos e aniversários, segundo um inquérito realizado pela Fixando, a maior plataforma nacional para a contratação de serviços locais. Os organizadores falam em quebras de 80% nos rendimentos e a maior parte não conseguiu recuperar o dinheiro investido.

O estudo, realizado junto de 20 mil pessoas, organizadores de eventos e clientes, entre 1 e 23 de maio, revela, também, que em comparação com o ano passado, o mercado de eventos em Portugal caiu 53%, entre março e abril, meses de maior expressão da pandemia do novo coronavírus. Os casamentos lideram os cancelamentos (45%), seguidos das festas de aniversário (17,5%) e dos eventos empresariais (10%).

São apontados, sobretudo, dois motivos para os cancelamentos: a proibição de eventos imposta pelo Governo durante o estado de emergência (62%) e a precaução (26%).

Oito em cada 10 serviços cancelados


Os prejuízos divergem bastante. Enquanto cerca de 43% fala em investimentos na ordem dos 250 euros em eventos cancelados, quase 17% já tinha investido mais de 10 mil euros. Para a grande maioria, este é dinheiro perdido - apenas 18% conseguiu reaver o dinheiro.

Em causa, nos cancelamentos, estão os serviços já contratualizados, como os espaços para a realização dos eventos (43%), o "catering" (30%) e o serviço de fotografia (22%).

Contas feitas, os profissionais desta área apontam para quebras acima de 80% nos rendimentos, com 77% a revelar que perdeu oito em cada dez trabalhos. Entre março e abril, a média de faturação mensal dos trabalhadores deste sector foi de 500 euros. No ano passado, o registo era de mil a 1.500 euros.

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