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​Carlos Brito. "Novas regras podem e vão alterar o rumo dos jogos"

27 mai, 2020 - 12:48 • João Fonseca

O treinador com mais de 400 jogos na I Liga considera que os plantéis com mais qualidade beneficiarão da decisão de poderem ter 9 suplentes e de ser permitida a utilização de 5 por partida. Marcano e Gabriel não influenciarão luta pelo título.

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A Liga Portugal confirmou que nas dez jornadas que faltam realizar cada treinador terá a possibilidade de fazer cinco substituições por jogo e contará com nove suplentes.

Carlos Brito, treinador com mais de 400 jogos na liga principal, aprova a medida, classificando-a como uma demonstração de "bom senso", mas que inevitavelmente irá "alterar o rumo de vários jogos".

O técnico argumenta que as equipas com plantéis mais fortes, que habitualmente deixam bons jogadores fora da ficha de jogo, terão maior capacidade e isso irá contribuir para a tal alteração a que faz referência.

"As equipas são mais fortes não exclusivamente porque têm um 11 muito bom, mas porque também têm uma maior qualidade em todo o seu plantel", enfatiza, em declarações a Bola Branca.

Carlos Brito observa, ainda, que há "um fator motivacional" subjacente a esta decisão. Os jogadores habitualmente menos utilizados terão uma maior janela de oportunidade. Além disso, esta nova era compreende um novo desafio para os treinadores, que terão "maior responsabilidade na decisão", no momento de mexer na equipa, e até na forma como vão preparar a estratégia.

Obrigará a que tenham "uma mente mais apurada" na leitura do jogo e na avaliação da diferença que poderão provocar "com a quantidade de substituições que farão". Fundamental, considera Carlos Brito, é a manutenção dos mesmos períodos de substituição (três), evitando assim "quebras de ritmo".

Os técnicos poderão fazer cinco alterações, mas apenas em três momentos do tempo regulamentar e no intervalo.

Luta pelo título entre FC Porto e Benfica

Com a I Liga a ser retomada na próxima semana, dia 3, Carlos Brito antevê que só passados três ou quatro encontros se verão "os jogadores mais desenvoltos" e dando às suas equipas "mais intensidade". Recorrente por estes dias são as lesões e as preocupações em seu redor, no entanto, o treinador lembra que o mesmo sucede durante toda a temporada e não é tão valorizado como agora.

Na corrida pela vitória no campeonato, o FC Porto perdeu Iván Marcano, por lesão, enquanto o Benfica ganhou Gabriel para as dez últimas jornadas.

Carlos Brito reconhece "o equilíbrio defensivo" dado pelo espanhol à equipa de Sérgio Conceição, mas pensa que esta ausência forçada não irá "enfraquecer o FC Porto". Mbemba, que fará dupla com Pepe, esteve "bem quando foi chamado", avalia.

No Benfica, se Gabriel voltar em boas condições "pode acrescentar um bocadinho de mais-valia". O treinador conclui que, apesar de tudo, estes dois nomes não serão "determinantes para aquilo que cada uma das equipas fará nas dez últimas jornadas".

O campeonato é retomado a 3 de junho e prolonga-se até 26 de julho. O FC Porto, no momento da paragem, devido à pandemia de Covid-19, estava na liderança, com um ponto de vantagem sobre o Benfica.

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