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Covid-19

Dois testes antes dos jogos "era exagerado", segundo Presidente dos Médicos de Futebol

26 mai, 2020 - 18:15 • João Fonseca

João Pedro Mendonça compreende as preocupações da Direção-Geral de Saúde, mas considera que a medida adotada é a mais correta. Lesões na retoma são motivo de alguma preocupação.

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A Associação de Médicos de Futebol está alinhada com o entendimento obtido entre a Federação Portuguesa de Futebol e a Direção-Geral de Saúde sobre a realização de apenas um teste 24 horas antes de cada jogo da Liga.

João Pedro Mendonça, presidente da referida associação, manifestou a Bola Branca, que a intenção inicial "era exagerada", embora perceba o fundamento, ou seja, evitar nesta fase "estar a facilitar". Contudo, o médico considera que nesta fase do surto pandémico é "aceitável fazer só um teste" e de modo algum "é descurada a saúde pública".

O presidente da Associação realça a responsabilidade assumida até aqui por todos os clubes, sem exceção, "têm cumprido" e alguns até além do que "estava preconizado".

"Está tudo controlado e continuo a pensar que os jogadores estão devidamente tratados, monitorizados e melhor acompanhados que o resto da população", acentua o dirigente.

As lesões da retoma competitiva

O regresso da Liga de futebol está marcado para a próxima semana, dia 3 de junho, e o calendário foi pensado com base na experiência alemã e nos efeitos que a retoma tem tido do ponto de vista físico para os jogadores.

João Pedro Mendonça fala de "uma preocupação" razoável, ou talvez até de "um cuidado redobrado" dos departamentos clínicos dos clubes, na retoma da competição. Todos têm nesta altura "uma noção exacta da condição física em que os jogadores se encontram", e acrescenta que acaba por ser "natural que algumas lesões" ocorram.

Apesar de tudo, João Pedro Mendonça não dá grande significado ao tempo de paragem a que os atletas estiveram sujeitos, embora perceba que qualquer lesão muscular que surja seja atribuída a esta ausência competitiva.

O defesa espanhol do FC Porto Ivan Marcano foi uma vítima deste regresso aos treinos, mas o médico sublinha que não sendo muscular poderia ter acontecido em qualquer altura e "independentemente de estar ou não mais tempo inativo".

"A maior parte dos jogadores estiveram sempre a cuidar-se fisicamente e os departamentos a cuidá-los convenientemente", finaliza o presidente da Associação de Médicos de Futebol, João Pedro Mendonça.

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