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Espanha quer abrir fronteiras em julho

23 mai, 2020 - 16:58 • Lusa

Pedro Sánchez promete dar garantias de segurança sanitária aos turistas e desafia os espanhóis a planear as férias.

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O presidente do governo espanhol anunciou, este sábado, que vai abrir fronteiras em julho e promete dar garantias de segurança sanitária aos turistas, desafiando os espanhóis a planificarem as suas férias, desde já, em território nacional.

"Haverá temporada turística estão verão", assumiu o presidente Pedro Sánchez que desafiou os profissionais da hotelaria a “reiniciarem a sua atividade em poucos dias”, uma vez que defendeu que o setor turístico tem um “papel fundamental” na economia e na criação de emprego em Espanha.

Neste sentido, Pedro Sánchez desafiou, em conferência de imprensa, os espanhóis a planearem as suas férias e a “tirarem proveito das maravilhas da oferta nacional”, porque “muitos poderão fazê-lo, praticamente, a partir de agora”.

Quanto ao turismo internacional, Pedro Sánchez avisou: “Espanha espera-vos a partir do mês de julho e quem pisar Espanha pode contar com um território com garantias sanitárias e comprometido com a sustentabilidade do nosso planeta”.

“Espanha precisa de turismo e o turismo precisa de segurança na origem e segurança no destino, por isso garantiremos que os turistas não corram nenhum risco, nem tão pouco nos trarão riscos ao nosso país ", afirmou.

Para Sánchez, "não há oposição entre saúde e negócios” até porque, defendeu, “sem saúde não há negócios” e, neste sentido, disse que o “governo combinará o firme apoio económico ao setor com plenas garantias sanitárias".

Também hoje o presidente do governo espanhol anunciou que a curva no contágio pelo novo coronavírus está com um “índice de reprodução de 0,20”, ou seja, “bem mais abaixo de um” e lembrou que, “há dois meses, quando uma pessoa infetada transmitia a doença, o fazia a mais de três pessoas”.

Ainda assim, em conferência de imprensa no Palácio da Justiça, em Moncloa, o responsável político pediu “prudência para vencer o vírus na reta final de abrandamento” das medidas impostas pelo governo.

"Estamos a um passo da vitória, mas ainda estamos em emergência sanitária, o vírus não desapareceu, ainda está à espreita e temos que mantê-lo afastado, é essencial não relaxarmos", disse.

Pedro Sánchez destacou que "a coisa mais difícil já aconteceu" e entre as realizações alcançadas destacou que, na semana de 11 a 17 de maio, o número de recuperados foi de 13.328, em comparação com 3.944 novos casos.

"Conseguimos isso, e não foi por acaso, mas sim por força de vontade, disciplina, determinação e moral da vitória", assegurou, reconhecendo o "trabalho esmagador" dos profissionais de saúde e o "sacrifício de todos os cidadãos" "

A partir de segunda-feira, assumiu, toda a Espanha está na fase um e dois e, portanto, podem reencontrar-se familiares e amigos, o comércio e esplanadas poderão reabrir e as ruas recuperarão a sua vitalidade com a “necessária prudência e responsabilidade”.

Pedro Sánchez disse ainda que o governo aprova a declaração das jornadas de luto oficial, as mais prolongadas na atual democracia, a partir de terça-feira, quando todo o território espanhol estiver na fase um de abrandamento.

O chefe do executivo disse ainda que depois de a sociedade espanhola "interromper a pior calamidade da saúde do último século", durante o "mais longo luto oficial da história da democracia", as bandeiras de edifícios públicos e navios da marinha ficarão a meia-haste”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 338 mil mortos e infetou mais de 5,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

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