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Como foram escolhidos os 10 estádios que vão receber a reta final da I Liga

21 mai, 2020 - 09:00 • Miguel Coelho com Redação

A Renascença explica o processo e critérios de escolha dos estádios e quais foram ou ainda podem ser selecionados.

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O regresso da I Liga está marcado para 4 de junho e, para tal, os estádios que podem receber os 90 jogos que faltam estão a ser selecionados. Dez já passaram a vistoria da Direção-Geral da Saúde (DGS), outros cinco terão de fazer correções para nova avaliação.

A Renascença explica o processo e critérios de escolha dos estádios e quais foram ou ainda podem ser selecionados, para este "novo normal" do futebol português, que terá jogos todos os dias da semana.

O que leva a que alguns estádios não possam ser usados?

O que ficou definido é que, para poderem receber os jogos que faltam da I Liga, os estádios têm de obedecer a uma série de condições para reduzir ao mínimo os riscos relacionados com a Covid-19. São necessárias condições específicas nos balneários e ginásios, limpeza e desinfeção, circuitos definidos para que os intervenientes se cruzem o menos possível, áreas delimitadas para os diferentes grupos profissionais, entre outros requisitos. E porque muitos são mais pequenos, mais antigos ou por outras razões, nem todos os estádios conseguem cumprir estes critérios.

Que estádios já foram aprovados?

São dez: os do FC Porto, Benfica e Sporting, Braga e Guimarães, Tondela, Paços de Ferreira, Portimão e Marítimo, e, ainda, o estádio da Cidade do Futebol, em Oeiras.

A Cidade do Futebol, que pertence à Federação?

O campo foi disponibilizado para que lá possam jogar, na qualidade de visitados, o Belenenses e o Santa Clara, dos Açores. O Belenenses, que deixou de jogar no Restelo por causa do conflito entre o clube e a SAD, andava a jogar no Jamor, mas como o Estádio Nacional não tem condições, passa para a Cidade do Futebol. No caso do Santa Clara, é para evitar as deslocações entre o continente e os Açores, que podiam não só causar complicações sanitárias, como obrigar ao cumprimento de quarentenas, porque o Governo açoriano continua a exigir a quem chegue ao arquipélago que cumpra duas semanas de isolamento.

E a Madeira? O estádio do Marítimo foi aprovado. Nesse caso, já não há problema nas deslocações?

Pelos vistos, não. O Marítimo vai mesmo jogar no Funchal e os restantes clubes terão de se deslocar à Madeira, o que levanta muitas questões - sanitárias, logísticas, financeiras e não só -, mas a verdade é que, uma vez que o estádio cumpre os requisitos e se o Governo regional autorizar, o Marítimo tem o mesmo direito jogar em casa que os clubes do continente.

A lista de estádios já está fechada ou ainda podem ser aprovados mais?

Ainda há cinco que têm hipótese de ser "repescados". Os estádios do Vitória de Setúbal, Gil Vicente, Desportivo das Aves, Boavista e Rio Ave foram chumbados na primeira vistoria, mas se os problemas detectados pela DGS forem corrigidos a tempo, haverá nova avaliação e ainda podem vir também a ser utilizados. No caso do Estádio do Bessa, é, até, algo surpreendente que tenha sido rejeitado, uma vez que é um estádio que foi completamente renovado para o Euro 2004.

Ainda há aqui dois estádios que faltam, os do Moreirense e do Famalicão. Que acontece a estes?

Nesses casos, os clubes optaram, desde logo, por não submeter os campos a vistorias e vão jogar em casa "emprestada". O Moreirense vai receber os adversários no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães (Moreira de Cónegos é uma freguesia do concelho de Guimarães, portanto é uma viagem curta). Quanto ao Famalicão, o caso está mais complicado, porque tinha previsto jogar no Estádio Cidade de Barcelos, mas o campo do Gil Vicente foi, para, já chumbado. Se não passar, o Famalicão - e o Gil Vicente - terão de encontrar alternativa.

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