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Covid-19. Itália vai reabrir aeroportos e fronteiras a 3 de junho

20 mai, 2020 - 17:58 • Cristina Branco com agências

Anúncio da ministra dos Transportes, na sequência da queda na curva epidemiológica registada nas últimas semanas. Medida visa “salvar a temporada turística de verão”. Itália espera, ainda assim, a perda de 120 milhões de turistas. País registou nas últimas 24 horas 161 mortes associadas à doença covid-19, um número quase idêntico ao registado na terça-feira.

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Itália vai reabrir todos os aeroportos a partir de 3 de junho, no mesmo dia em que reabre também as fronteiras, depois do encerramento provocado pela pandemia de covid-19, no início de março.

"Vai ser possível realizar a reabertura de todos os aeroportos a partir de 03 de junho, quando se vai permitir de novo viagens entre regiões e viagens internacionais e vai acabar toda a limitação ao transporte público", anunciou, esta quarta-feira, a ministra dos Transportes, Paola de Micheli.

A governante respondeu assim à pergunta do deputado da Liga Edoardo Rixi, que lamentou o encerramento de muitos terminais aéreos, tais como Milão, Linate, Veneza, Florença ou Bergamo.

De Micheli garantiu que “o encerramento ou a limitação de aeroportos e de circulação de comboios durante o pior período da pandemia foi decidido para poupar custos inúteis às empresas de transportes diante da escassa procura, já que a população permaneceu confinada”.

161 mortes nas últimas 24 horas

Itália registou nas últimas 24 horas 161 mortes associadas à doença covid-19, um número quase idêntico ao registado na terça-feira (162), totalizando 32.330 vítimas mortais desde o início da pandemia, divulgou hoje a Proteção Civil italiana.

No total, e desde o surgimento dos primeiros casos no país, a 21 de fevereiro, Itália contabiliza 227.364 infetados, com 665 novos casos nas últimas 24 horas, dos quais cerca de metade na região da Lombardia (norte), principal foco do surto no território italiano ao longo dos últimos meses.

Este número de novos casos representa um decréscimo em relação a terça-feira, dia em que foram diagnosticadas 813 novas infeções pelo novo coronavírus.

O encerramento de toda a atividade e confinamento no país foi decretado no dia 9 de março. No dia 4 de maio foi permitido o regresso ao trabalho de setores como a construção ou de fabrico e desde 18 de maio foi reaberta a maioria dos negócios.

O regresso de viagens entre regiões a abertura das fronteiras a viajantes da União Europeia, que não devem ficar em quarentena, “é uma medida que visa salvar a temporada turística de verão”.

A linha aérea italiana Alitalia adiantou que a partir de junho vai retomar as ligações com Espanha, nomeadamente Madrid e Barcelona, com Nova Ioque e a também a ponte entre Milão, no norte, o epicentro da pandemia, e o sul do país.

A crise do novo coronavírus afetou fortemente o transporte aéreo devido ao encerramento de fronteiras de muitos países com Itália e os aeroportos do país perderam 11,5 milhões de passageiros só no mês de março, segundo dados da Assaeroporti, a Associação Italiana de Gestão Aeroportuária.

Esta associação prevê, ainda, que, apesar da reabertura, a pandemia pode desencorajar o turismo em Itália, que previa 200 milhões de passageiros este ano, prevendo agora a perda 120 milhões de turistas.

[notícia atualizada]

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