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Vem aí “crise prolongada e dolorosa” no turismo no Minho

18 mai, 2020 - 11:56 • Olímpia Mairos

O alerta é da Associação de Profissionais de Turismo do Minho, apontando “um setor frágil”, constituído predominantemente por micro e pequenas empresas com menos de cinco trabalhadores.

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A Associação de Profissionais de Turismo do Minho (APROTURM) está preocupada com o futuro do setor na região.

“A manter-se o estado atual de ausência efetiva de foco, por parte das entidades oficiais nacionais, regionais e municipais de turismo, no relançamento da atividade e do redesenhar de novas abordagens ao relançamento do setor, completamente parado, receia-se uma crise prolongada e dolorosa na região”, alerta a APROTURM em comunicado.

A associação realizou um inquérito e também um fórum, que contou com a presença de especialistas e investigadores no mercado do trabalho, no investimento, nas agências de viagens, empresários da hotelaria e alojamento, restauração e animação turística e políticos locais ligados ao setor, e as conclusões não são animadoras, apontando para “um setor frágil, constituído por micro e pequenas empresas dominantemente com menos de cinco trabalhadores”.

De acordo com os profissionais de Turismo do Minho, a pandemia provocada pela Covid-19 conduziu a uma “brutal redução de negócio e a ausência de expectativas sobre o próximo futuro”, o que no seu entender levará a um “aumento do desemprego no setor, paragem de projetos privados de turismo, encerramento de empresas e completa desorientação sobre o futuro do setor”.

A APROTURM lamenta, por isso, que, “até à data, não tenham sido realizadas reuniões de emergência por parte dos Conselhos Consultivos Municipais de Turismo para analisar a situação do setor ao nível de cada concelho da região do Minho”.

O organismo dá conta de muitos dos profissionais “a confrontar-se com o encerramento de unidades de alojamento, de restauração, de animação turística e agências de viagens, gerando uma mais frágil oferta de serviço e produto turístico na região”.

Em comunicado, os profissionais denunciam que “a escassez de informação e de medidas não favorece uma atitude positiva” e consideram ser necessário “implementar uma política focada no relançamento do setor”.

Como soluções, apontam a criação de uma “Operação Integrada de Desenvolvimento para o turismo da região do Minho, com meios para apoiar o efetivo reerguer do tecido empresarial, da empregabilidade, e capaz de apoiar o desenvolvimento de uma estratégia de relançamento do turismo da região”.

O organismo reivindica também “uma caracterização urgente do tecido empresarial” e o desenvolvimento de “um verdadeiro e estratégico programa de fomento da empregabilidade” no setor.

A APROTURM defende ainda a necessidade de “criar viveiros de microempresas para o setor do turismo, como forma de renovar e substituir as empresas que encerrarão a sua atividade” e a realização de reuniões, com carácter de urgência, dos Conselhos Consultivos de Turismo Municipais, para se “analisar o impacto e situação efetiva do setor empresarial do turismo”.

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