16 mai, 2020 - 12:51 • João Carlos Malta
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O primeiro-ministro, António Costa, apelou este sábado aos portugueses para voltarem às ruas e ajudarem os comerciantes na reabertura dos espaços, contribuindo para reanimar a economia.
"Com a mesma determinação com que nos fechámos em casa, temos de voltar à rua", disse o líder do Governo, no fim de um passeio pela baixa de Lisboa, na companhia do presidente da autarquia da capital, Fernando Medina. A ideia foi aferir a forma como os empresários estão a preparar a retoma depois da quarentena.
Costa diz que é altura de os portugueses iniciarem uma nova fase no combate à pandemia de Covid-19 e voltarem a frequentar os espaços comerciais, como lojas, restaurantes e cafés, que durante dois meses estiveram fechados. Sempre respeitando a etiqueta respiratória, o afastamento social, e o uso de máscaras. "Há que ter uma vida nova com cautelas", enfatizou.
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O chefe do executivo reforçou várias vezes a ideia de que os cidadãos devem dar um sinal de que participam no esforço coletivo de recuperar a economia portuguesa, que se prevê que caia vertigionosamente este ano. "Não nos podemos deixar vencer pelo vírus, mas também não o podemos fazê-lo pela cura", pediu António Costa.
O primeiro-ministro diz que, neste momento, há "empregos a manter" e "rendimentos a proteger", e, por isso mesmo, com segurança e cautelas, é necessário que haja a retoma das ruas, das lojas e dos cafés.
Questionado pelos jornalistas presentes no local se este processo não pode estar a ser feito rápido demais, Costa contrapôs com o civismo que os portugueses demostraram até agora. O governante disse que é necessário "responder ao enorme esforço que estes comerciantes fizeram".
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O primeiro-ministro salientou que foi "muito duro" para os comerciantes "fechar de um dia para o outro", quando a 16 de março foi decretado o estado de emergência. Mas que tal como o fizeram nessa altura, os empresários estão agora preparados para receber os clientes.
Ainda assim, Costa assume que esta é uma mudança radical, "as pessoas tem receio", e "não podemos retomar a vida como a tínhamos antes".
Num local, a baixa lisboeta, em que habitualmente se fazem muitas arruadas de eleições para os vários órgãos de soberania, António Costa chutou para o outono de 2021, altura em que se disputam as eleições autárquicas, a realização de campanhas como as que assitiamos no passado.
Por exemplo, a campanha para as eleições da presidência da República, disputadas no início do próximo ano, terão ainda regras diferentes motivadas pela pandemia da Covid-19.
Esta ideia já tinha sido noticiada na sexta-feira pela Renascença, que avançou que a administração eleitoral está a preparar vários cenários para as eleições presidenciais.