Tempo
|
A+ / A-

Pandemia de ​Covid-19

Cultura em crise faz vigília dia 21, em frente à Assembleia da República

15 mai, 2020 - 19:43 • Maria João Costa

Grupo de profissionais da cultura e das artes mobiliza-se para fazer vigília na próxima quinta-feira. Vão concentrar-se em vários pontos do país, e em Lisboa, frente ao parlamento entre as 9h e as 19h.

A+ / A-

Veja também:


Porque querem dar visibilidade às consequências que a paragem na atividade cultural teve por causa da pandemia, os profissionais das artes e cultura vão concentrar-se, por turnos, na próxima quinta-feira em vigília. Entre as 9h e as 19h, a vigília em frente à Assembleia da República vai decorrer “dividida em turnos de 10 pessoas que se vão revezando, fazendo assim cumprir a regra do distanciamento social” e não pondo em causa as normas de segurança.

Em comunicado, os promotores desta ação explicam que “os profissionais da cultura e das artes ficaram sem qualquer fonte de rendimento” e consideram insuficientes as medidas de apoio implementadas pelo Ministério da Cultura. Por isso, agendaram o protesto que explicam que vai decorrer em Lisboa, mas também em outras cidades. Até este momento, confirmam os organizadores, estão formadas comissões em Almada, no Funchal, Faro, Caldas da Rainha, Setúbal, Vila do Conde, Porto, Aveiro, Coimbra, Évora e Santa Maria da Feira

A Vigília Cultura e Artes, assim se chama, conta entre os seus organizadores como atores, produtores, técnicos de palco, dramaturgos entre outros profissionais. No comunicado em que convocam esta concentração, referem que o “contexto atual veio desmascarar a realidade laboral do setor cultural em Portugal, que se caracteriza por uma intermitência constante (e amplamente agravada por conta da pandemia COVID-19 aquando do cancelamento de toda a atividade laboral)”.

Segundo estes profissionais, o lema “Vai ficar tudo bem”, para o setor “não corresponde à verdade” porque, afirmam, têm sobrevivido a um “estado de calamidade financeira”. “As ajudas tardaram a chegar e mostraram-se fracas e insuficientes, não abrangendo nem metade dos profissionais que compõem o setor”. Pedem por isso, um “repensar, reestruturar e reajustar das condições laborais do setor cultural”. Ainda esta sexta-feira em entrevista à Renascença, o ator Nuno Lopes denunciava que havia situações de fome entre os profissionais das artes, setor que vive da precariedade.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+