O processo de retoma do campeonato da primeira Liga prossegue a bom ritmo, pese embora haver ainda algumas pedras para remover.
A contestação ao recomeço existe ainda em alguns sectores, mas a maioria aplaude a decisão de levar por diante a prova e de cumprir as dez jornadas que sobram para completar o calendário.
Hoje vão ser certamente designados os estádios escolhidos para a disputa dos noventa jogos em falta depois de cuidadosa inspeção completada ontem em périplos efetuados por todo o país. E nesse aspeto, convenhamos, nem todas as vozes se ouvem no mesmo tom.
E porquê? Porque se considera haver uma enorme probabilidade de poder vir a ser desvirtuada a verdade desportiva: equipas há às quais caberá realizar todos os dez desafios na qualidade de visitantes, enquanto outras terão sorte bem diferente.
E é neste aspeto que rebolou um pedregulho no caminho. Atirou-o Carlos Pereira, presidente do Clube Sport Marítimo, que não aceita que o seu clube jogue fora do estádio dos Barreiros, no Funchal, todos os jogos nos quais lhe caberá a designação de visitado.
E, indo ainda mais longe, Carlos Pereira promete mesmo avançar com uma impugnação do campeonato, facto que poderá causar alguma perturbação ao processo em curso.
No seu conjunto, as entidades responsáveis não deixarão de promover todos os esforços para que este obstáculo seja removido, havendo no entanto a certeza de que podem contar com tenaz oposição do experimentado líder maritimista.
Entretanto, lá por fora, também nem tudo é pacífico. Na Itália, só para dar um exemplo, o Sindicato dos Jogadores declarou ontem a sua não concordância com algumas das normas estabelecidas para o regresso da Série A. Numa delas, diz-se que basta haver um jogador infetado numa equipa, para todos os atletas dessa equipa serem retirados da competição.
Face a isto, o presidente do sindicato, avisa que o campeonato pode não chegar ao fim.