Vai haver praia e bolas de Berlim, mas com semáforos

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PORTUGAL

Arranca a partir de segunda-feira a segunda fase do desconfinamento. Há regras e normas para todos os gostos. Portugal voltou a ter uma taxa de contágio abaixo do 1, num dia em que morreram seis pessoas de coronavírus.

• Já são conhecidas as regras da segunda fase do desconfinamento. Em particular há novidades sobre as creches, lares, restaurantes, centros comerciais, feiras, escolas de condução, o teletrabalho e aquilo que muitos esperavam: as praias. (Spoiler: pode haver bolas de Berlim!) A situação de estado de calamidade, essa, foi prorrogada até ao final do mês. As Lojas do Cidadão também vão reabrir, mas não tenha pressa de renovar documentos, pois os caducados permanecem válidos até ao final de outubro.

• O uso de máscaras passa a ser obrigatório a partir dos 10 anos e a partir de segunda-feira o Governo define horários e rotatividade de trabalhadores.

• O desconfinamento continua a ser possível, argumenta António Costa, porque os dados continuam a evoluir positivamente. O número de casos positivos é agora de 4,3%, num dia em que morreram seis pessoas de coronavírus, o número mais baixo dos últimos tempos, e a taxa de contágio voltou a descer abaixo do 1.

• A três dias de poderem voltar a abrir portas, os proprietários dos restaurantes continuam suspensos na incerteza. A Renascença apresenta os exemplos do “Poleiro” que vai abrir, apesar de Manuel Martins se sentir “um pouco irresponsável, sem o ser”, porque é “obrigado a abrir”, e do “Solar dos Presuntos”, que Pedro Cardoso vai manter encerrado.

• O caso do Lar do Comércio, em Matosinhos, que teve de ser evacuado vai ser investigado pelo Ministério Público.

• O regresso às aulas presenciais continua a ser causa de polémica. O presidente do Conselho das Escolas Médicas diz que é um risco desnecessário e a FENPROF critica o Governo por não testar a comunidade escolar. António Costa diz que a reabertura agora serve de aprendizagem para o próximo ano letivo.

• Sete em cada dez profissionais de saúde estão à beira de um esgotamento.

• O Bispo de Leiria-Fátima fala da sua experiência de fé num 13 de maio sem a presença de fiéis e comove-se com o sofrimento do mundo. Em relação ao Governo, diz que “não houve cedência, houve diálogo” e que “a autonomia da Igreja esteve sempre salvaguardada”, mas gostaria que as igrejas abrissem mais cedo do que o previsto e as religiões terão um ponto de contacto dentro da DGS para tratar da reabertura.

• Há artistas a passar fome. Nuno Lopes reconhece que é um privilegiado, mas está preocupado com a forma como a classe artística tem sido afetada pelos efeitos secundários da pandemia de Covid-19. O mundo da cultura prepara uma vigília diante do Parlamento para chamar atenção para o problema.

• Os efeitos do confinamento, devido à pandemia de Covid-19, refletem-se na economia, com impactos severos. Face ao final do ano passado, a contração foi de 3,9%, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística, na primeira estimativa rápida. A Segurança Social já pagou perto de 300 milhões a trabalhadores em lay-off.

• O FC Porto, ao que a Renascença apurou, não tem registo de qualquer caso positivo de Covid-19, ao contrário do que foi veiculado na manhã desta sexta-feira, dia em que o Governo aprovou a reabertura dos estádios e reajustamento das competições.

MUNDO

Não é só o coronavírus que espalha o caos no Brasil, os políticos não ajudam. Meia-centena de bebés de barriga de aluguer estão à espera de pais adotivos que não podem chegar por causa das restrições às viagens para a Ucrânia.

• Está a gerar controvérsia um vídeo que mostra dezenas de bebés na Ucrânia, nascidos de barrigas de aluguer, à espera dos seus pais adotivos que estão impedidos de entrar no país para os ir buscar. Os bispos pedem o fim deste negócio.

• França já ultrapassou os 27 mil mortos por coronavírus e os EUA já ultrapassaram os 84 mil. Em Espanha registou-se uma forte descida do número diário de mortos, mas ainda assim este permanece acima dos 100.

• A Rússia diz que o surto já está mais controlado e a China, pela primeira vez desde janeiro, tem menos de 100 casos ativos.

• O ministro da Saúde do Brasil pediu a demissão do cargo, menos de um mês depois de ter assumido, um dia depois de o país ter registado o maior número de infeções no espaço de 24 horas e de ter perdido mais de 800 pessoas para a Covid-19.

• No mundo todo já morreram mais de 304 mil pessoas.