14 mai, 2020 - 13:17 • Redação
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Os primeiros dez dias de desconfinamente não resultaram, até à data, num aumento do número de casos diários de Covid-19 e na alteração do trajeto da curva epidemiológica do país, segundo anuncia a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
"A nossa curva não é diferente dos outros países. Passaram dez dias desde as medidas de desconfinamento e ainda não se refletiu em nenhuma influência, o que não quer dizer que não vai influenciar", começa por dizer Graça Freitas, em conferência de imprensa.
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), o motivo deve-se às medidas de segurança que os portugueses continuam a adotar para evitar o contágio.
"Mostra que Portugal continua com medidas de segurança. É expectável que apareçam 200 a 300 novos casos por dia, porque em algumas regiões o vírus ainda circula bastante e podem surgir surtos, como numa creche, numa fábrica, o que aumenta logo o número de casos. Mas estamos no normal e no expectável", diz Graça Freitas.
Questionada novamente sobre a taxa de infeção da Covid-19, Graça Freitas reforça que o valor é ligeiramente superior em Lisboa e Vale do Tejo e reforça que a "situação parece controlada".
"Para além do R0, temos outros parâmetros para avaliar a progressão da doença, como internamentos e internamentos em cuidados intensivos. O valor nacional está à volta de 1, mas há pequenas assimetrias. Sabemos que Lisboa e Vale do Tejo tem valor ligeiramente superior, porque teve pequenos surtos que alimentam estes novos casos. Mas isso não reflete nenhuma movimentação especial devido ao desconfinamento. A situação parece controlada, mas temos de aguardar mais alguns dias", diz.
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Graça Freitas explica que os idotos têm de ser protegidos, e explica as medidas de segurança que foram exigidas aos lares. No entanto, as Autoridades de Saúde podem não permitir visitas caso exista um surto nessa instituição.
"As visitas só serão retomadas se tiverem reunidas condições. O lar tem de ser capacidade de organização, circuitos, espaços próprios para visitas em segurança, marcações e horários. Isto é uma logística que depende dos lares. Os lares que estejam em surto e com doentes internados, por uma questão de segurança, as Autoridades de Saúde podem não considerar seguro que sejam feitas visitas", termina.
No total, morreram 477 pessoas devido à Covid-19 proveniente de lares, dados atualizados esta quinta-feira por Graça Freitas.
"Temos a reportar 477 óbitos, 259 no Norte, 138 no Centro, 75 em Lisboa e Vale do Tejo, um no Alentejo e quatro no Algarve. São uma grande preocupação para todos nós, porque são os mais vulneráveis que precisam de ser protegidos. Vamos retomar as visitas, mas com segurança, muitas regras e cuidados", termina.
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