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Covid-19. Portugal é o sexto país da Europa que mais testa

14 mai, 2020 - 14:20 • Inês Braga Sampaio

O secretário de Estado da Saúde revelou que são realizados quase 57 mil testes de diagnóstico por milhão de habitantes.

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Portugal é o sexto país que mais testes de diagnóstico faz à Covid-19 por milhão de habitantes, segundo revelou o secretário de Estado da Saúde.

Na conferência de imprensa sobre a situação pandémica em Portugal, esta quinta-feira, António Lacerda Sales anunciou que já foram feitos 584.121 testes acumulados. Por milhão de habitantes, são testados cerca de 56.755. Isto faz de Portugal sexto país da Europa, a seguir à Lituânia, ao Chipre, à Malta, ao Luxemburgo e à Dinamarca, que mais testa.

"Estamos a fazer um esforço muito grande para testarmos e reforçarmos esta testagem", garantiu o secretário de Estado da Saúde.

No sentido de reforçar a capacidade de testagem, o secretário de Estado avançou, ainda, que chegou, na terça-feira, a Portugal um voo com 22 mil zaragatoas, além de equipamentos de proteção individual: 4,8 milhões de mascaras cirúrgicas e 22 mil fatos de proteção integral.

"ste material está já no Laboratório Militar e será distribuído consoante as necessidades. Estamos empenhados em garantir que o Serviço Nacional de Saúde continua a dar repostas, quer Covid quer não Covid, e continuaremos firmes neste caminho", frisou Lacerda Sales.

Apoio aos mais desfavorecidos e sentimento de união


No âmbito da proteção individual, o secretário de Estado da Saúde foi questionado sobre as maiores dificuldade de acesso a esse tipo de equipamentos, por parte de pessoas mais desfavorecidas.

António Lacerda Sales sublinhou que o Governo "pondera tudo o que diz respeito às faixas mais vulneráveis da população, nomeadamente as pessoas com mais dificuldades do ponto de vista económico-social":

"Tem havido mobilização da sociedade civil, em associação com instituições e com as autarquias, e parece-me que essas máscaras têm chegado a toda a população. É disso que temos tido reportes. Aquilo a que, neste momento, apelamos é que se mantenha esta mobilização, para que nunca falte a um português uma máscara, para que possa estar seguro e ser, ele próprio, um agente de saúde pública."

O secretário de Estado fez questão de realçar que "o fio condutor deste processo tem sido a coesão social, a solidariedade, a consciência cívica e este sentimento de mais coletivismo e menos individualismo".

Isso não dignifica, contudo, que o processo de desconfinamento deva ser mais ou menos "contido", expressão usada pelo Presidente da República.

"Queremos que os portugueses tenham confiança, mas com a salvaguarda da segurança. Não facilitemos. Mesmo numa situação com uma curva estabilizada e com uma trajetória favorável, a confiança não deve ser excessiva. Mantenhamos os nossos comportamentos e as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS)", pediu Lacerda Sales.

Queda nos números de operações e consultas


Com a retoma da atividade assistencial normal, urge recuperar os números de realização de operações como colonoscopias e endoscopias digestivas altas, que caíram, de janeiro a 8 de maio, em cerca de 25% e 22%, respetivamente, segundo o secretário de Estado da Saúde.

"Este é um quadro em que tiveram impacto, essencialmente, os meses de março e abril. É uma área que nos preocupa, porque cruza muito com a oncologia e deteção precoce de lesões oncológicas. Vamos fazer um esforço para recuperar no mínimo espaço de tempo", assumiu.

António Lacerda Sales confirmou que os pacientes estão a ser chamados e deixou um pedido: "Faço o apelo para que as pessoas não tenham medo. Venham, porque é importante que se façam deteções precoces."

Também houve queda dos números de consultas. Nos cuidados primários de saúde, houve cerca de menos 82,% de consultas médicas e 16% de consultas de enfermagem. Nos hospitais, foram feitas menos 13,5% consultas médicas e 12% meios complementares diagnósticos.

De acordo com o balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira, morreram 1.184 por Covid-19 em Portugal, das 28.319 oficialmente infetadas. Já foram dados como recuperados 3.198 pacientes.

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