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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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13 mai, 2020 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Toda esta perturbação, já sem a ressonância de há alguns dias atrás, está também a fazer caminho noutros países onde o debate continua envolto em alguma polémica.

Depois de a Liga de Clubes de Futebol ter apontado os dias 30 e 31 de Maio para o reatamento do campeonato com a realização da 25ª jornada, foi agora escolhida nova data, 4 de Junho, vindo os nove jogos a ser disputados quinta, sexta, sábado e domingo.

Com 23 dias pela frente até a bola voltar a rolar a sério, há no entanto um punhado de questões que terão de ser resolvidas. Por exemplo: definir perfeitamente as regras que devem ser estabelecidas tendo em conta a possibilidade de o campeonato poder voltar a ser interrompido.

Ou seja, podendo vir a ser contemplada essa circunstância quem será designado campeão, e quais os clubes que preencherão a lista dos participantes nas próximas edições da competições europeias.

Pelo caminho há igualmente um aspeto que assume a maior importância: até à chegada do dia 4 de junho os jogadores vão ainda ser submetidos a diversos testes cujos resultados poderão dar origem a que a discussão volte ao início. E a isto junta-se, claro, a questão do recolhimento obrigatório previsto no código de conduta recentemente publicado, e que alguns jogadores mostram pouca vontade em aceitar.

Toda esta perturbação, já sem a ressonância de há alguns dias atrás, está também a fazer caminho noutros países onde o debate continua envolto em alguma polémica.

Da Inglaterra chegava ontem, via “Daily Mail”, a notícia segundo a qual vários jogadores da Premier League estão a comunicar aos seus treinadores que não querem voltar à competição enquanto não lhes forem dadas garantias totais de salvaguardada da sua condição física.

Na Itália também continuam a levantar-se vozes que contestam a possibilidade da Série A voltar aos estádios pelos mesmos motivos que se apontam na terra de Sua Majestade.

E a Espanha também prossegue dando sinais de incerteza, mais preocupados que estão os seus responsáveis em debelar a pandemia que tantas vítimas tem provocado no país vizinho.

Em resumo: ninguém pode falar de certezas, sendo que a única tem apenas a ver com a salvaguarda da saúde pública que nenhum desafio de futebol pode substituir. E é aí que todos temos de nos empenhar.

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