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​AF Madeira ao lado de Carlos Pereira. "Marítimo deve jogar no seu estádio"

13 mai, 2020 - 15:32 • João Paulo Ribeiro

Rui Marote, presidente da AF Madeira, sublinha que o Estádio do Marítimo é o mais recente no nosso país e que reúne todas as condiçôes para receber os jogos da Primeira Liga

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O Marítimo insiste em jogar os seus jogos no Funchal e a Associação de Futebol da Madeira concorda.

Rui Marote considera que o Estádio dos Barreiros tem todas as condições para receber jogos da Primeira Liga e não vê qualquer problema nas deslocações das equipas adversárias à ilha.

"Concordo com a opinião do presidente [Carlos Pereira], porque o estádio do Marítimo é o mais recente em Portugal e é aí que a equipa deve jogar. Reúne todas as condições para que os jogos aqui se realizem. Oferecemos condições hoteleiras de qualidade e o transporte aéreo também não oferece qualquer problema, segundo a opinião de pessoas habilitadas", refere o presidente da AF Madeira, em entrevista à Renascença.

A ideia da Direção-Geral da Saúde, da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga passa por concentrar os dez jogos que estão por realizar na Primeira Liga, no menor número possível de estádios. A questão colocada relativamente à utilização dos Barreiros, estádio cujas condições deverão responder às exigências sanitárias, está relacionada com as viagens de e para a ilha da Madeira.

O presidente do Marítimo, em declarações à RTP Madeira, diz que não vê motivo para excluir o recinto: "Com o trajeto aeroporto, hotel, jogo e retorno, sem existir contacto com outras pessoas, apenas com intervenientes estritamente necessários, acho que não traz nenhuma consequência negativa à região".

"Desigualdade grande"

Rui Marote acrescenta outro dado. Se tivesse de jogar sempre no continente, tal como vai acontecer com o Santa Clara, o Marítimo estaria sempre em desvantagem perante os seus adversários, e esse é um cenário que os dirigentes madeirenses não aceitam.

"Caso não jogue os seus jogos caseiros na Madeira, existirá uma desigualdade grande. Os jogadores das outras equipas fazem os seus jogos e regressam a casa, enquanto que os do Marítimo terão de estar praticamente dois meses sem ver as respetivas famílias. Isso é uma desvantagem, até a nível psicológico. Percebo que esta é uma situação excecional mas, dentro dum processo difícil, deve tentar-se ter o mínimo de igualdade", assinala.

O Sporting de Braga, de acordo com a imprensa desportiva, está a ponderar isolar os jogadores numa unidade hoteleira durante todo o período competitivo, de forma a minimizar o risco de contágio por Covid-19.

AF Madeira não põe em causa decisão de acabar com os outros campeonatos

Por fim, o líder da AF Madeira concorda com a estratégia que tem sido seguida pelo Governo, Federação e Liga, no que diz respeito ao regresso do campeonato e à gestão da situação em tempos de pandemia.

"As entidades têm feito o melhor para que esta situação seja resolvida. O futebol tem até sido um exemplo em relação a outras modalidades quando, no início de março, formou um Comité de Emergência que tomou medidas rápidas e assertivas", observa, nesta entrevista a Bola Branca.

Em relação ao final antecipado da Segunda Liga e do Campeonato de Portugal (CP), Rui Marote considera ter sido "a medida correta". As entidades responsáveis optaram para anulação da Segunda Liga, com as subidas do Nacional da Madeira e do Farense ao campeonato principal.

Cova da Piedade e Casa Pia foram despromovidos ao CP. Vizela e Arouca, equipas com mais pontos no conjunto das séries do CP, foram promovidas, pela FPF, à Segunda Liga.

A Primeira Liga foi interrompida a 12 de março e será retomada a 4 de junho, informou a Liga Portugal, na terça-feira.

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