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​Líder da UGT arrasa CGTP por ausência no compromisso entre parceiros sociais e Governo

12 mai, 2020 - 17:39 • Dina Soares, com Lusa

A CGTP não se associou à declaração sobre as condições de segurança para a reabertura da atividade económica. Uma decisão muito criticada pelo líder da UGT, que acusou a intersindical de preferir fazer foguetórios na Alameda.

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O secretário-geral da UGT criticou esta terça-feira a CGTP por não ter assinado o compromisso entre os parceiros sociais e o Governo sobre as condições de segurança para a reabertura da atividade económica no âmbito da pandemia covid-19. Na sessão de assinatura, Carlos Silva acusou a intersindical de ter pecado por ausência.

“Somos seis parceiros sociais e há um que pecou por ausência”, afirmou o líder da UGT. “Não temos foguetórios na Alameda, mas temos uma assinatura que vale por milhares de trabalhadores portugueses”, continuou Carlos Silva, numa referência às comemorações do 1.º de Maio promovidas pela CGTP.

O líder da União Geral de Trabalhadores Carlos Silva lembrou que o primeiro acordo firmado na Concertação Social apenas contou com a assinatura da UGT, para sublinhar depois que “lamentavelmente 40 anos passados, continua a ser a UGT a figura determinante por parte dos trabalhadores para que haja Concertação Social”.

Na declaração assinada esta terça-feira, os subscritores comprometem-se a trabalhar em conjunto para que a retoma seja feita “em condições seguras do ponto de vista da saúde pública, também nos locais de trabalho, condição primeira para que possa ser sustentável no tempo” e para que os esforços feitos coletivamente “com pesados custos para as empresas, para os trabalhadores e cidadãos no seu conjunto e para o Estado, não sejam desbaratados”.

Comprometem-se ainda “a trabalhar em conjunto e em diálogo permanente para reforçar e aprofundar, a breve prazo, um quadro legal, administrativo e de medidas de apoio céleres e cada vez mais desburocratizadas às empresas, ao emprego, às pessoas e famílias”.

A CGTP defendeu em comunicado que o compromisso para a retoma económica não reflete “a real situação da acentuação das desigualdades” nem espelha a realidade de milhões de trabalhadores.

Já o Presidente da República considerou o documento é um contributo para um clima de confiança e de paz social. "Este entendimento tripartido é um contributo importante para promover um clima de confiança e de paz social, necessário para ultrapassarmos a atual crise de saúde pública e para enfrentarmos em conjunto e com sucesso os desafios económicos e sociais presentes e futuros", escreveu Marcelo Rebelo de Sousa numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet.

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