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Coronavírus

​Ovar nega subida significativa de Covid-19 e acusa DGS de atraso de “muitas semanas” nos dados

11 mai, 2020 - 18:56 • Sérgio Costa , Cristina Nascimento

Salvador Malheiro contesta números da Direção-Geral da Saúde, que apontam para uma subida de 69 casos no concelho nos últimos dias.

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O presidente da Câmara de Ovar, Salvador Malheiro, acusa a Direção-Geral da Saúde (DGS) de apresentar dados sobre a evolução da Covid-19 com “muitas semanas de atraso”.

Em declarações à Renascença esta segunda-feira, o autarca garante que naquele concelho não se registou uma subida de 69 casos nos últimos dias.

“Em Ovar, não houve nenhum surto nos últimos dias”, garante o autarca, referindo que “nos últimos 12 dias" o concelho registou "apenas 10 novos casos”, tal como demonstra um gráfico que partilhou na sua conta de Twitter.

“Temos a situação controlada”, refere, acrescentando ainda que tiveram “um óbito nos últimos 15 dias”.

“A Direção-Geral da Saúde, tendo apresentado no sábado um incremento de 40 novos casos e ontem mesmo mais 12 ou 13 casos, proporcionou conclusões que não correspondem à realidade. Este incremento que a Direção-Geral da Saúde apresentou nos últimos dias diz respeito a valores de há muitas semanas”, garante Salvador Malheiro.

“Nós cá temos uma monitorização em tempo real de todos os novos casos, o que nos permite atuar também em função dos acontecimentos", acrescenta o autarca de Ovar. "Agora imagine o que era eu estar a atuar com 14 ou 15 dias de antecedência. Espero que isto não aconteça em termos nacionais”, remata.

Salvador Malheiro garante que não quer levantar nenhuma polémica e reconhece que é necessário acreditar nas instituições, mas quer “mostrar a pertinência de se conhecerem os dados em tempo real, sob pena de se estar a tirar ilações completamente alheadas da realidade, como é este caso”.

Já no passado sábado, a diretora-Geral da Saúde aludia a diferenças entre os dados centralizados pela DGS e a nível local. “A nível nacional os números estão o mais próximo possível da realidade”, disse Graça Freitas, reconhecendo que “ao nível dos concelhos há afinamentos a nível local”.

“Para efeitos de ação, de vigilância epidemiológica, de intervenção os dados do concelho são mais finos e mais precisos do que os nossos”, admitiu.

Em Portugal, morreram 1.144 pessoas das 27.679 confirmadas como infetadas com a Covid-19, e há 2.549 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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