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Peregrinação a Fátima

Despacho do Governo para 12 e 13 de maio é “uma questão de defesa das partes”

08 mai, 2020 - 12:13 • Ângela Roque

Reitor do Santuário de Fátima diz à Renascença que o executivo quis evitar polémicas como a que envolveu o 1º de maio, porque as celebrações na Cova da Iria, embora sem peregrinos, vão ter mais de 10 pessoas.

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O reitor do Santuário de Fátima recebeu com naturalidade a notícia do despacho publicado pelo Governo para as cerimónias do 12 e 13 de Maio.

Em declarações à Renascença, o padre Carlos Cabecinhas diz que a definição dos termos em que as celebrações podem ser assinaladas serve para evitar polémicas como as que aconteceram no 1º de Maio.

“Creio que foi fundamentalmente uma questão de defesa das partes, porque havendo indicação do Governo de que não são possíveis eventos com mais de 10 pessoas, obviamente nós, na celebração do 12 e 13 de Maio, precisamos de mais de 10 pessoas”, começa por dizer.

“O conjunto de celebrações, por mais minimalistas que sejam, exigem isso”, acrescenta, sublinhando que, embora as cerimónias decorram no recinto do santuário, que é “um espaço muito vasto e ao livre, em que os riscos acabam por ficar mais diluídos”, o executivo quis salvaguardar críticas posteriores.

“Estou convencido que sim, que foi essa a lógica, e a nós também nos deixa mais tranquilos, porque há objetivamente uma tomada de posição sobre aquilo que é possível fazer”, diz.

Segundo o padre Carlos Cabecinhas, para elaborar o despacho, o Governo ouviu o cardeal D. António Marto, “para perceber exatamente o contexto destas celebrações, o que se pretendia e o que era necessário”.

Sem querer adiantar o número exato de participantes, o reitor do Santuário explica que estará presente apenas quem vai estar envolvido na celebração. “Não há convidados, nem figuras protocolares, e não há peregrinos. Mas convidámos três peregrinos que habitualmente vêm a pé, e que têm uma presença concreta na celebração, serão intervenientes”.

Participam ainda “representantes de outras dioceses e do setor da saúde, mas não quero estar a quantificar neste momento. São as pessoas que entendemos ser o mínimo necessário e que intervirão no decurso das celebrações”.

No despacho, publicado em Diário da República na última noite, o Governo diz entender como “relevante” e “justificada” a celebração do 12 e do 13 de Maio no Santuário de Fátima e define o formato das cerimónias, permitindo “a presença de celebrantes e demais elementos necessários à celebração, convidados do Santuário de Fátima e respetivos funcionários, os quais devem observar o distanciamento físico de dois metros entre si”, lê-se no documento.

O despacho é assinado pelos ministros da Administração Interna e da Saúde.

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