08 mai, 2020 • Marta Grosso , Anabela Góis (moderação do debate)
Fernando Medina destaca o jogador de futebol Ricardo Quaresma como personalidade da semana.
“Veio fazer algo de grande importância política e nacional”, ao “responder a André Ventura da forma que ele merece e com um nível de elevação”, afirma o presidente da Câmara de Lisboa na Renascença.
“Fez mais pelo combate ao populismo de André Ventura do que todos os discursos juntos no Parlamento, embora queira destacar aqui o que Catarina Martins disse e o que António Costa respondeu” na quinta-feira, durante o debate quinzenal.
João Taborda da Gama elege as mulheres portugueses como personalidade da semana, mas que se estende por toda a pandemia. Na opinião deste comentador d’ As Três da Manhã,
Pandemia de Covid-19
Segundo o futebolista internacional português, o l(...)
“Queria destacar são as mulheres portuguesas como sendo as principais vítimas– todos os estudos começam a demonstrar – não mortais da crise social da pandemia; as principais prejudicadas nas assimetrias da distribuição dos encargos em casa e vítimas de violência emocional e física, explícita e implícita”, afirmou.
“As diferenças e assimetrias de género estão altamente aumentadas nesta época de pandemia, de confinamento e é preciso pensar nisso” e “pesar entre os riscos do confinamento e os do vírus”.
Mas o debate começou com o tema do dia: o aumento do desemprego e a recessão sem precedentes que se avizinha.
João Taborda da Gama considera que não é “preciso ser cientista nuclear ou um grande cientista para perceber que a pancada no desemprego e na economia pode ser bem superior do que a que estamos à espera”.
Fernando Medina diz que não é preciso esperar números piores, que estes já são maus. “10% [de desemprego] é um número assustador. O que está apontado é uma recessão sem precedentes na nossa economia” e “acho que vamos ter tempos duros”.
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O autarca deixa, a propósito, uma crítica à Comissão Europeia, que “falhou o prazo com que se tinha comprometido para apresentar o plano de recuperação económica”, o que significa que “não há ainda nenhum acordo sobre o essencial”.
Os dois comentadores foram depois instados a eleger um facto da semana. Fernando Medina elegeu o desconfinamento, “que começa com a particularidade de ser uma palavra que não existe no dicionário”, e deixa um apelo a que se dê prioridade aos lares.
João Taborda da Gama destaca, por seu lado, a fila de centenas de pessoas junta a “uma mesquita às portas de Lisboa para terem comida”.