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Covid-19

​DGS não garante “risco zero” nas escolas nem em qualquer lado. Avós saudáveis podem conviver com os netos

06 mai, 2020 - 14:24 • Luís Aresta com redação

Para a diretora-geral da Saúde, há que “voltar às aulas com toda a confiança, desde que se garanta que toda a comunidade escolar contribua para o esforço” de cumprimento das regras já conhecidas de higiene e segurança individual e coletiva.

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O regresso às escolas será seguro desde que sejam cumpridas todas as regras, mas a Direção Geral da Saúde (DGS) não responde pela inexistência de risco no regresso de parte dos alunos às aulas presenciais, previsto para a próxima segunda-feira, dia 18.

“Não há risco zero em nada, da nossa vida social, de relação ou laboral; o que está a ser feito é um conjunto de regras para minimizar o risco, tendo em contas as condições dos edifícios, dos equipamentos, da organização das aulas, dos espaços e do tipo de contacto entre alunos” disse a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na habitual conferência de imprensa diária da DGS.

Graça Freitas divide claramente a questão em dois campos: o de risco de “transmissão direta da infeção através de gotículas, “que tem a ver sobretudo com os comportamentos individuais (regras de etiqueta respiratória, máscara e distanciamento social); e o risco de “transmissão indireta através das superfícies”, que deve ser contrariado com a adequada higienização e organização do espaço escolar.

Para a diretora-geral da Saúde, há que “voltar às aulas com toda a confiança, desde que se garanta que toda a comunidade escolar contribua para o esforço” de cumprimento das regras já conhecidas de higiene e segurança individual e coletiva.


Especial cuidado com os avós de idade mais avançada

Questionada pela Renascença sobre cuidados a ter nas relações de proximidade entre avós e netos, sobretudo quando as creches reabrirem e os idosos voltarem a ter um papel de apoio na retaguarda dos pais, Graça Freitas faz notar que a maior atenção deve ser colocada sobre os “avós de idade mais avançada – 65 anos ou mais - e que possam ter fatores de risco, como seja algum tido de patologia associada”.

A diretora-geral da Saúde reconhece que, no caso de os avós serem saudáveis, não há riscos acrescidos, pelo que podem estar com os netos. "Há avós jovens, sem fatores de risco, e nesses casos a convivência não envolve um risco acrescido. [Mas] se os avós forem vulneráveis, devem ser protegidos” e “o convívio familiar deve fazer-se mantendo todas as medidas que temos recomendado em termos de distanciamento social, higiene das mãos e etiqueta respiratória”.

Acesso a lares e centros de dia ainda em estudo

Segundo a DGS, está a ser concluído, juntamente com o Ministério do Trabalho e da Segurança Social, um conjunto de indicações para o futuro “com a preocupação de retomar a visita segura aos lares”.

Também a questão dos centros de dia será estudada e observada, no contexto de um desconfinamento que se pretende seja feito “de forma segura, controlada e faseada”, disse Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde anunciou ainda que está pronto para publicação um manual geral de procedimentos a ter em conta no funcionamento de ares condicionados e sistemas de ventilação de edifícios, sem prejuízo do carater específico de situação.

Sem revelar outros detalhes, a DGS confirma que ainda esta quarta-feira haverá uma reunião para definir em que contexto será possível retomar o campeonato profissional de futebol da 1ª Liga.

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  • Cidadao
    06 mai, 2020 Lisboa 19:01
    Não garante, nem pode garantir, pois embora não o confessem, já perceberam que o contágio vai subir em flecha, mas como se aproxima o Verão, o vírus ficará como que inerte por não encontrar condições para atuar. Mas não se iludam: ele está lá, apenas inerte. Atacará com toda a violência quando vier o frio, a humidade e a chuva. Mas aí, o governo já terá as novas desculpas prontas. Não podemos ficar em casa até haver vacina, senão quando saíssemos, não havia economia. Mas abrir aglomerados de massa humana como as Escolas a esta altura, é estragar o esforço feito.

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