Tempo
|
A+ / A-

Covid-19

China avisa que não vai "ficar sentada" a ver protestos em Hong Kong

06 mai, 2020 - 11:11 • Lusa

Protestos retomaram apesar das restrições aos ajuntamentos devido à pandemia da Covid-19. China diz que os manifestantes violentos constituem "um vírus político".

A+ / A-

Veja também:


O gabinete do Governo chinês encarregue dos assuntos de Hong Kong classificou os manifestantes antigovernamentais da cidade como "vírus político" e alertou que Pequim não vai ficar "sentada a olhar" se os protestos violentos forem retomados.

O Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau da China disse que os manifestantes violentos e a sua mentalidade "se ardermos, vocês ardem connosco" constituem um vírus político e um inimigo do princípio ‘um país, dois sistemas’, que garante alto grau de autonomia às duas regiões semiautónomas da China.

O Gabinete referiu os protestos do 1.º de maio e a descoberta de uma bomba suspeita pela polícia no fim de semana, numa altura em que os manifestantes voltam ao ativo, depois da pandemia do novo coronavírus.

O porta-voz avisou que, se a "violência" não parar, Hong Kong não terá paz, e que o Governo central não vai ficar "sentado a olhar" ao ser confrontado com "forças destrutivas".

A antiga colónia britânica atravessou, no ano passado, a sua pior crise política desde a transferência da soberania para as autoridades chinesas, em 1997, com protestos diários, marcados por cenas de vandalismo e confrontos entre a polícia e os manifestantes.

Os protestos desapareceram em grande parte depois de o surto do novo coronavírus ter tornado os ajuntamentos públicos potencialmente perigosos em janeiro passado, mas voltaram a ser retomados em pequena escala, nas últimas semanas, após uma série de prisões de ativistas pró-democracia e tomadas de posição do Gabinete de Pequim na cidade para reforçar o seu papel de supervisão, em contradição com a miniconstituição local.

As regras que proíbem reuniões públicas de mais de quatro pessoas vão ser relaxadas e as empresas fechadas para impedir a propagação do vírus poderão reabrir no final desta semana.

Hong Kong não regista novas infeções locais desde meados de abril.

A economia de Hong Kong contraiu 8,9%, no primeiro trimestre, devido às medidas de distanciamento social adotadas pelos moradores e à queda no turismo, que atingiu o consumo.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+