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Ajuda do Governo para os grupos de media é residual, diz presidente da Renascença

04 mai, 2020 - 23:39 • Paula Caeiro Varela

D. Américo Aguiar, presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença, garante que os media tudo farão para colaborar no sacrifício pedido pelo primeiro-ministro, mas não sabe durante quanto tempo aguentarão a crise se o mercado de publicidade não recuperar.

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A ajuda do Governo aos grupos de media pode não ser suficiente se as quebras no mercado publicitário se prolongarem por muito tempo.

O presidente do conselho de administração da Renascença, Grupo R/Com, considera que os 15 milhões antecipados em publicidade institucional acabam por ser um valor residual para cada um dos meios de comunicação social, fortemente afetados pelas quebras de publicidade.

“O valor em causa é muito residual comparado com as perdas, o que implica que os media tenham de fazer esforço suplementar daquilo que são as suas possibilidades para garantir estes meses”, diz D. Américo Aguiar.

“O que o senhor primeiro-ministro tem dito a todos os cidadãos e às empresas é que temos todos de dar uma parte, de colaborar no sacrifício a fazer. Nós estamos a fazer, todos, mas o problema é quanto tempo? Se for muito mais tempo, estes 15 milhões têm de voltar a acontecer de maneira a que possam diminuir as dificuldades que as nossas empresas vivem”, conclui.

No final da audiência com o Presidente da República, D. Américo Aguiar acrescentou que os grupos do setor dos media – como os vários setores de atividade – vão ter de ir às reservas de oxigénio para tentar sair do túnel.

É isso que vai acontecer na Renascença, garante: “Cortaram-nos o oxigénio. E agora a questão é o tempo, é quanto tempo vamos estar com o oxigénio cortado, quanta reserva é que temos disponível, e aí é que todos nós somos poucos para que não falte o oxigénio ao Grupo Renascença Multimédia, a nenhuma das empresas onde os jornalistas trabalham e não falte a nenhuma das empresas onde trabalham milhões de portugueses, ou seja, que todos sejamos capazes de ir às reservas das reservas, para que possamos ultrapassar isto todos, em conjunto.”

D. Américo Aguiar promete que “o Grupo Renascença tudo fará, até ao limite máximo, para que nenhum dos direitos, nenhuma das circunstâncias contratuais, de rendimentos, seja afetado. Vamos fazer isso como família, como já fizemos na última crise”, conclui.

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