Cova da Piedade impugna decisão da Liga que confirma subidas e descidas

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O Cova da Piedade, clube da II Liga, vai “reagir contenciosamente contra a ilegalidade cometida pela Direção da Liga Portugal”.

Em comunicado, o Piedade não concorda com a decisão confirmada esta terça-feira pela entidade que organiza os campeonatos profissionais em Portugal.

O clube “repudia veementemente o teor desta deliberação, por em seu entender, a mesma padecer de ilegalidade, decorrente da incompetência da Direção da LPFP para decidir em tal matéria, assim como por violar o mérito desportivo e ainda por causar graves e irreparáveis danos e prejuízos a esta sociedade desportiva”.

Nas redes sociais, o Cova da Piedade, com esta decisão despromovido ao terceiro escalão, acrescenta que a Liga aprovou ainda uma norma que condiciona os apoios financeiros às equipas, apenas a quem abdique “de impugnar o teor do regime aprovado para as subidas e descidas acima indicado, o que se reveste de gravidade acrescida, designadamente em virtude de tal ajuda económica ser feita com fundos em dinheiro que legitimamente pertence a tais clubes e sociedades desportivas”.

Nacional da Madeira e Farense estarão na I Liga na próxima temporada. A Liga decidiu, esta terça-feira, promover as duas equipas que estavam na frente do campeonato, na altura da suspensão da competição, devido à pandemia de Covid-19. Cova da Piedade e Casa Pia, os dois últimos, descem ao Campeonato de Portugal.

Em comunicado, a direção da Liga, que reuniu por videoconferência, justifica a decisão com base nos "critérios de mérito desportivo recomendados pela FIFA, pela UEFA e pela Federação Portuguesa de Futebol". "No seguimento da decisão do Governo, que determinou a autorização para que as competições da Liga NOS e da Taça de Portugal fossem as únicas a serem retomadas na época 2019-20, a direção da Liga (...) viu-se constrangida a decidir sobre a suspensão definitiva da LigaPro [II Liga]", lê-se.

Perante este quadro, agora, 14 dos 18 clubes da II Liga vão ser apoiados financeiramente pelo fundo conjunto criado pela Federação e pela Liga, na ordem dos 2,5 milhões de euros. 180 mil euros serão distribuídos por cada clube, à exceção dos promovidos Nacional e Farense, e ainda as equipas B de FC Porto e Benfica.

Campeonatos foram suspensos devido à pandemia do novo coronavírus.