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Violência doméstica. Papa relembra a vulnerabilidade de alguns durante a quarentena

04 mai, 2020 - 11:23 • Redação

O Papa dirigiu seu pensamento às famílias fechadas em casa por causa da pandemia e rezou para que não haja violência, mas paz, paciência e criatividade.

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O Papa rezou, esta segunda-feira, pelas famílias que continuam fechadas em casa devido à pandemia de Covid-19 que já provocou milhares de vítimas em todo o mundo.

“Neste tempo de quarentena, a família, fechada em casa, procura fazer muitas coisas novas, muita criatividade com as crianças e com todos, para seguir em frente”, disse Francisco

Em confinamento, surge também outro risco “que às vezes acontece: a violência doméstica", alerta o Papa.

"Rezemos pelas famílias, para que continuem em paz com criatividade e paciência, nesta quarentena”, disse o Santo Padre, esta segunda-feira de manhã, no início da missa que celebrou no Vaticano.

Na semana passada, a coordenadora do Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida em Portugal afirmou que a violência doméstica “faz adoecer física e psicologicamente” não só mulheres e crianças como outras populações vulneráveis, apelando para a denúncia destas situações.

“Este é um tema considerado pela Organização Mundial de Saúde desde há alguns anos como um grave problema de saúde pública e acima de tudo uma questão de direitos humanos, que nesta fase de isolamento das famílias e de pandemia de covid importa alertar”, disse Daniela Machado, numa conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde sobre o novo coronavírus.

A linha de SMS criada para apoio às vítimas de violência doméstica, lançada em 27 de março, recebeu até 29 de abril 123 contactos, entre pedidos de informação e de ajuda, disse a secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade.

De acordo com Rosa Monteiro, no total das estruturas da rede nacional de apoio às vítimas, verificaram-se em 15 dias, entre o último dia de março e 14 de abril, cerca de 2.800 participações/pedidos de atendimento, 71 dos quais presenciais.

"Quanto aos números das forças de segurança, indicam-nos que houve, durante este período e quando comparado com o período homólogo (relativo a 2019), uma redução das participações de cerca de 35", acrescentou Rosa Monteiro.

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