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Ordem dos Médicos defende campanha massiva sobre bom uso de máscaras

04 mai, 2020 - 08:51

Em comunicado, a Ordem sublinha a urgência do Governo avançar para a compra da vacina da gripe. A vacina da gripe não tem eficácia no SARS-COV-2, mas, caso ocorra uma segunda onda no inverno, “diminuir a incidência de gripe na população de risco facilita a identificação dos potenciais doentes Covid-19”

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No mesmo dia em que Portugal regressa parcialmente à normalidade, com a reabertura de alguns estabelecimentos comerciais, a Ordem dos Médicos sugere uma campanha massiva de informação sobre a utilização de máscaras comunitárias ou máscaras cirúrgicas.

"Insistimos na obrigatoriedade da utilização de máscaras comunitárias ou máscaras cirúrgicas pelos cidadãos, certificadas pelo Infarmed, em locais públicos, particularmente nos estabelecimentos de saúde, incluindo farmácias e lares, ou estabelecimentos comerciais, bem como em todos os locais onde não seja possível cumprir o desejável distanciamento social. Esta utilização tem, obrigatoriamente, de ser acompanhada por uma campanha de comunicação massiva que promova a literacia do uso destes equipamentos", adverte a Ordem.

Vacina da gripe

Neste comunicado, emitido no dia em que Portugal inicia o plano de desconfinamento, a Ordem dos Médicos deixa um alerta para que o Governo avance já com a compra de vacinas para diminuir a incidência de gripe antes de uma possível segunda vaga de Covid-19.

A Ordem dos Médicos adverte para a “necessidade imperiosa de abrir concursos para a aquisição da vacina da gripe”. A vacina da gripe não tem eficácia no SARS-COV-2, mas, caso ocorra uma segunda onda no inverno, “diminuir a incidência de gripe (que pode apresentar queixas similares) na população de risco facilita a identificação dos potenciais doentes Covid-19” defende a Ordem.

“Muitos países estão já a comprar mais vacinas da gripe e arriscamo-nos a ter maiores dificuldades de acesso”, pode ler-se no comunicado emitido esta segunda-feira.

Neste mesmo documento, a Ordem pede o “reforço do rastreio da Covid-19 nos lares" e sublinhada a importância de ser ponderada a “criação do Passaporte Imunológico, reforço da criação de critérios de diagnóstico e validade dos exames serológicos”.

A Ordem dos Médicos deixa ainda vários alertas, nomeadamente, quanto à “importância do rastreio regular voluntário dos profissionais de saúde da linha da frente (fator de segurança e tranquilidade pessoal e familiar), e o acesso a informação clínica e epidemiológica dos doentes COVID-19 por parte da comunidade médica e científica”.

De acordo com o comunicado, da Direção Geral de Saúde disponibiliza apenas 16 itens que “pouco acrescentam em relação ao Boletim Epidemiológico” pelo que “a Ordem dos Médicos e as Escolas Médicas continuarão a insistir nesta matéria, essencial para efeitos de estudo e investigação no sentido de entender melhor a doença e encontrar soluções mais eficazes para o seu tratamento”.

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