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GNR. Força “crucial” e “insubstituível”, com atuação “pedagógica, firme e serena”

03 mai, 2020 - 13:43 • Lusa

Em dia de aniversário, a Guarda Nacional Republicana recebeu mensagens elogiosas de várias pessoas, incluindo o Presidente, o primeiro-ministro e o ministro da Administração Interna.

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Uma força “crucial” e “insubstituível”, nas palavras do Presidente da República, com uma atuação “pedagógica, firme e serena”, segundo o primeiro-ministro e que nesta fase de pandemia passou a ter “uma dimensão ainda maior”, diz Eduardo Cabrita.

É este o tom dos elogios feitos à GNR no dia em que assinala 109 anos de vida.

Marcelo Rebelo de Sousa enviou uma mensagem àquela força, que a publicou na sua página de Facebook.

numa mensagem institucional que enviou pelas comemorações do 109.º aniversário da GNR, este ano assinalado por via digital e transmitido na página oficial desta força de segurança no Facebook.

Na sua mensagem, o chefe de Estado referiu que este é um ano diferente, caracterizando-o como sendo "de provação, de sacrifício, de angústia, de ansiedade, de dúvida, de incerteza e de imprevisibilidade".

"E no meio de tudo isto é bom haver instituições, é o caso da vossa, que são um fator de segurança, certeza, de previsibilidade. São na afirmação da autoridade do Estado, da ordem pública, dos valores comunitários, do respeito pelos direitos dos cidadãos, mas também na proximidade social, na solidariedade. Isso tem sido muito claro ao longo dos últimos meses", sustentou o Presidente da República.

Mas Marcelo Rebelo de Sousa foi ainda mais longe nos elogios que dirigiu a esta força de segurança, dizendo que "a GNR tem estado por todo o lado" e "tem sido insubstituível".

"Tem estado junto dos mais carenciados, dos mais pobres e dos mais necessitados. Tem estado a acorrer à situação de populações perturbadas, confundidas. E assim foi, nomeadamente durante a vigência do estado de emergência, que terminou ontem [sábado], mas assim vai continuar a ser durante este surto, durante esta pandemia, que é um desafio nacional. Um desafio em que o vosso papel tem sido crucial", salientou.

Marcelo Rebelo de Sousa disse depois que agradeceria sempre pelas missões da GNR "em todas as circunstâncias, em nome de todos os portugueses".

"Este ano agradeço de forma particular, porque todos podemos verificar no dia a dia a vossa presença, o vosso comportamento, o vosso aprumo, a vossa solicitude, a vossa disponibilidade, a vossa doação coletiva. Por tudo isto muito obrigado em nome de Portugal", declarou o chefe de Estado.

Costa elogia atuação “pedagógica, firme e serena”

António Costa também escreveu uma mensagem à GNR, em que elogia a atuação durante o tempo de pandemia.

"É verdade que os portugueses têm respondido de forma exemplar ao esforço que lhes é pedido, cumprindo muitas vezes de forma espontânea a resposta a esta pandemia de covid-19. Mas, ao mesmo tempo, é absolutamente inegável que, para essa resposta, muito tem contribuído a postura pedagógica, firme e serena de todos os que servem na GNR, numa demonstração permanente de extraordinária dedicação à causa pública como sempre nos habituou", considerou o primeiro-ministro.

Depois de felicitar todos os elementos desta força de segurança pela passagem de mais um aniversário, António Costa referiu-se às "circunstâncias absolutamente singulares que Portugal vive".

"Todos temos consciência como a pandemia de covid-19 exigiu de todos os poderes públicos uma resposta sem precedentes, que se traduziu na adoção de medidas excecionais, fundamentalmente destinadas a proteger a nossa população. São essas circunstâncias excecionais que fazem com que o aniversário da GNR seja celebrado de uma forma tão especial este ano", apontou.

António Costa observou em seguida que Portugal completa "45 dias ininterruptos na situação de estado de emergência".

"Naturalmente, é com alguma expectativa que todos esperamos o regresso à plena normalidade das nossas vidas tão cedo quanto a evolução da situação epidemiológica nos dê garantias de estarem reunidas as indispensáveis condições de segurança", disse.

Para o ano, o primeiro-ministro disse esperar que Este aniversário da GNR possa ser celebrado "de uma outra maneira".

"Muito obrigado aos oficiais, sargentos, praças e pessoal da GNR. Hoje, como sempre, pela lei e pela grei", acrescentou o primeiro-ministro.

Uma nova dimensão

Por fim, Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, também gravou uma mensagem para a GNR.

“A circunstância singular em que vivemos, marcados pela pandemia covid-19, pelo estado de emergência que, até ontem [sábado], vigorou em Portugal, mas que não termina neste momento com as exigências de confinamento e de particular atenção ao risco sanitário, veio dar uma dimensão ainda maior àquilo que é o papel da guarda”, sublinhou o ministro.

Eduardo Cabrita recordou a história e as missões desempenhadas pela GNR que, este ano, celebra os 109 anos “num contexto único”.

“Queria neste momento deixar uma mensagem de saudação aos 23 mil homens e mulheres que servem Portugal na GNR, de uma forma muito especial, muito sentida, pelo empenho que tiveram ao longo de todo este período: garantindo que aqueles que viviam isolados recebiam comida, que as crianças recebiam material escolar, que aqueles que estavam em confinamento tinham a sua saúde defendida, e protegiam todos os cidadãos”, destacou o governante.

O ministro deixou ainda votos de uma recuperação rápida aos militares da GNR que “ficaram infetados por esta terrível doença”, acrescentando que o seu “testemunho de coragem é um sinal que os portugueses respeitam e têm justa admiração”.

Portugal contabiliza 1.023 mortos associados à covid-19 em 25.190 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado no sábado.

Relativamente ao dia anterior, há mais 16 mortos (+1,6%) e mais 203 casos de infeção (+0,8%).

Das pessoas infetadas, 855 estão hospitalizadas, das quais 150 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados passou de 1.647 para 1.671.

Portugal entrou hoje em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Comentários
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  • Ivo SÉRGIO PESTANA
    03 mai, 2020 Funchal 18:26
    Obrigado e parabéns a uma grande Instituição. Não é perfeita porque é feita de homens e mulheres. Saúde.
  • Aldra
    03 mai, 2020 Bice 15:11
    Com papas e bolos ... Sobre carreiras, quartéis a cair, meios arcaicos ou inexistentes, salários de miséria para quem dá o corpo ao manifesto... nem uma palavra, nem aqui nem em lugar nenhum. Agradecimentos e elogios que custam nada e caem bem na comunicação social, isso é às bateladas.
  • Filipe
    03 mai, 2020 évora 14:01
    Se antes tinham lá um " Rambo " , agora parece que todas as forças de segurança são Rambo´s . Cuidado , pois é aquilo que gravam ... fora o que não gravam . PSP a sovar um menor ... PSP com artilharia apontada por não ter carta de condução ... etc .

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