01 mai, 2020 - 17:40 • Cristina Nascimento
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As escolas de condução devem recomeçar as aulas no dia 18 de maio. É esta a expectativa da Associação Nacional dos Industriais de Ensino de Condução Automóvel (ANIECA).
Em declarações à Renascença, o presidente da associação explica que manteve, na quinta-feira, uma reunião com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) durante a qual ficou alinhavado um calendário para a retoma da atividade no setor.
“No dia 11 de maio abrimos a parte do secretariado e preparamos as escolas para depois no dia 18 de maio retomarmos as aulas com toda a segurança”, diz Fernando Santos. Quanto aos exames devem ser retomados o mais tardar a 25 de maio.
A associação aguarda agora por uma resposta do IMT na próxima terça-feira para ter a certeza do que este calendário pode ser cumprido.
Fernando Santos garante que as escolas vão estar preparadas para ajustarem as suas práticas aos tempos de pandemia. O IMT ainda não definiu as regras de higiene e segurança necessárias, mas a ANIECA avançou com uma proposta.
"O aluno de máscara e luvas, o automóvel desinfetado de hora e o instrutor, além mas máscara e luvas, deve usar viseira", propõe Fernando Santos, garantindo que a associação vai oferecer estes materiais aos associados.
Estado de calamidade
O desconfinamento vai começar com a transição do e(...)
Nestas declarações à Renascença, Fernando Santos garante que o setor já estava a viver “muitas dificuldades antes da pandemia” e temem pelo futuro de muitas escolas.
“Isto passa já dos 100 milhões de euros de prejuízo para as escolas de condução”, diz Fernando Santos. O presidente da ANIECA antevê uma redução séria da frequência das escolas “pelo menos até setembro e estamos convencidos que muitas escolas que vão ficar pelo caminho”.
Fernando Santos garante que muitos salários ficaram por pagar em março, situação que se terá agravado no fim do mês de abril.
O presidente da ANIECA diz que o setor está a ser alvo de injustiça por parte do Governo e explica que o “lay-off” simplificado não foi suficiente para ajudar as escolas de condução.
“Há algumas centenas de escolas de condução em que o
instrutor é o proprietário e é o sócio-gerente e não tem direito ao lay-off,
porque basta ter um empregado de secretaria já não tem direito ao ‘lay-off’.
Isto é uma grande injustiça que o Governo está a praticar”, remata
Em Portugal, a Covid-19 já fez 1.007 mortes, entre as 25.351 infetadas, segundo o balanço da Direção-Geral da Saúde desta sexta-feira.