A dias de uma possível reabertura há quatro mil mortes por explicar em Portugal

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PORTUGAL

O número de mortos por dia continua estável, mas dificilmente Portugal evitará passar a barreira das mil vítimas mortais. Outra questão a ter em conta é o excesso de mortalidade que ocorreu nestes meses e que poderá estar associada, ainda que indiretamente, à pandemia que vivemos.

• O Governo quer uma aplicação que avisa quem esteve em contacto com um infetado com Covid-19. Está um a ser desenvolvido, chama-se monitorCOVID e é uma criação portuguesa.
• Com mais 25 vítimas mortais de ontem para hoje, Portugal está a chegar perto dos mil mortos por coronavírus. Mas há um estudo que aponta para um excesso de mortalidade que poderá rondar os quatro mil e que pode ser devido ao coronavírus, ainda que indiretamente.
• Das poucas coisas positivas para o consumidor comum nesta pandemia tem sido a descida no preço dos combustíveis. Agora isso pode fazer-se refletir no preço da eletricidade também.
• Será que um medicamento para a artrite pode ter efeitos positivos para quem sofre de covid?
• Grande parte dos casos mais dramáticos em Portugal tem acontecido em lares de idosos. Mas a DGS diz que testar os lares todos não é uma emergência.
• A DGS está a estudar a possibilidade de as escolas reabrirem em maio e estas já vão começar a ser desinfetadas, mas enquanto isso não acontece os diretores pedem mais professores para poder corrigir falhas no ensino à distância e querem estar a par das preparações para o eventual regresso.
• É já no final desta semana que o Governo decide se renova o estado de emergência ou não. Costa diz que até pode baixar as restrições, mas avisa que se a coisa correr mal volta atrás. O bastonário da Ordem dos Médicos diz que não estamos prontos para a retoma económica e quer ver toda a gente de máscara nas ruas.
• Têm circulado notícias que indicam que os fumadores podem estar de alguma forma protegidos contra o coronavírus. Não é verdade. Quem o diz é a Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
• A CGTP mantém a intenção de assinalar o 1 de maio com ações simbólicas na rua, mas a UGT só vai celebrar a data online. A verdade é que muitos trabalhadores têm poucas razões para celebrar. Entre eles os dentistas, que arriscam falências em série.

MUNDO

Começou, em várias partes do mundo, o lento regresso à normalidade. Mas a OMS está preocupada com a América Latina, África e Europa de Leste e todos devemos estar preocupados com o risco de se quebrarem as redes de distribuição de comida.

• Em todo o mundo são já mais de três milhões os infetados com o novo coronavírus, um em cada três deles está nos Estados Unidos. França superou os 23 mil esta segunda-feira.
• Itália está à beira dos 200 mil infetados desde o início da pandemia, mas os números de mortos estão a descer de forma sustentada. O Governo já anunciou algumas medidas de reabertura, mas deixou de fora as Igrejas, que devem continuar fechadas. Os bispos não gostaram.
• Mas o vírus é só uma parte do problema. Se como consequência as cadeias de distribuição se quebrarem, o número de mortos pode chegar aos 300 mil por dia.
• Com vários países a começar a anunciar um regresso lento à normalidade, a OMS diz que continua preocupada sobretudo com África, América Latina e Europa de Leste e lamenta que não lhe tenham dado ouvidos logo em janeiro.
• Boris Johnson regressou ao trabalho e diz que o país está a começar a reverter a maré. Em Espanha o número e recuperados já ultrapassou os cem mil e as crianças já brincam na rua outra vez, e na Nova Zelândia a primeira-ministra diz que a batalha já foi ganha. Na Alemanha já se pode sair à rua, mas só de máscara. Na China os alunos voltaram à escola.
• A Suécia é um caso interessante. Nunca obrigou ao confinamento total, apenas encorajando o distanciamento social. Ainda assim mandou encerrar vários restaurantes por não respeitarem as regras que existem. A abordagem sueca parece ter resultado relativamente bem… para os suecos. O postal de quarentena desta segunda feira chega-nos do membro de uma comunidade de imigrantes. São cristãos da região da Turquia, Iraque e Síria e foram atingidos de forma desproporcional pela pandemia. Lamentam que as autoridades suecas não tenham tido em conta as suas especificidades culturais quando desenvolveu o plano para conter o vírus.