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Covid-19. 300 mil pessoas podem morrer todos os dias à fome em caso de quebra na distribuição alimentar

27 abr, 2020 - 17:30 • Manuela Pires com Redação

O diretor do Programa Alimentar Mundial fala em obstáculos que já existem relacionados com as restrições nas exportações, com o encerramento de fronteiras e a falta de produção em algumas fábricas.

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Cerca de 300 mil pessoas podem morrer à fome, todos os dias, em média, durante três meses, se crise causada pela pandemia da Covid-19 travar a distribuição de alimentos por parte do Programa Alimentar Mundial.

O diretor do Programa Alimentar Mundial fala em alguns obstáculos que já existem relacionados com as restrições nas exportações, com o encerramento de fronteiras e a falta de produção em algumas fábricas.

Em declarações á agência de noticias Associated Press (AP), David Beasley diz que passa horas ao telefone a falar com os países para manterem os donativos, mas admite que a crise económica vai afectar também estes países.

Os Estados Unidos da América, o Reino Unido, a União Europeia e Japão são os principais doadores do Programa Alimentar Mundial.

Em Portugal, morreram 928 pessoas das 24.027 confirmadas como infetadas pela Covid-19, e há 1.357 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o Governo já anunciou a proibição de deslocações entre concelhos no fim de semana prolongado de 1 a 3 de maio.

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