22 abr, 2020 - 15:10 • Joana Gonçalves
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A diretora-geral de Saúde adiantou esta quarta-feira, na habitual conferência de imprensa, ter intenções de melhorar o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE ), plataforma utilizada pelos médicos para notificar as doenças de declaração obrigatória, nas quais se inclui a Covid-19.
A reação surge em resposta às queixas de vários médicos que apontam um sistema informático de registo clínico complexo e, nalguns casos, redundante.
No entanto, Graça Freitas reforça que, “independentemente de o sistema ser pouco ou muito amigável e estar mais ou menos lento, todos os médicos têm obrigação de notificar no SINAVE”.
“Temos de agradecer muito aos médicos a resiliência que têm tido para o preencher, mas não é só agradecer, é uma obrigatoriedade”, esclarece a diretora-geral da Saúde.
Covid-19
Médicos queixam-se da burocracia que os impede de (...)
Em declarações à Renascença, o médico Nuno Tavares, do Hospital de São João, admite perder “mais de metade do tempo” em frente ao computador a fazer registos clínicos. O número de programas informáticos chega a ultrapassar a dezena.
O infecciologista Miguel Abreu, do Hospital de Santo António, aponta para uma “pressão muito forte para dar informação”, que reduz o tempo que passa com os doentes.
Em resposta a estas queixas, Graça Freitas é assertiva: “até que seja melhorado [o SINAVE] vão ter de notificar com algum esforço, mas terão que o fazer. É só a partir do reporte médico e laboratorial que nós todos conseguimos acompanhar a evolução da epidemia e se queremos boa informação temos que a reportar à partida”.