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Ginés Carvajal

​Jesé fora dos planos de Rúben Amorim. "Não o deixaram demonstrar a qualidade que tem"

21 abr, 2020 - 18:15 • José Pedro Pinto

Empresário do avançado espanhol revela a Bola Branca contacto dos leões a comunicar que Jesé Rodríguez estava "riscado" pelo treinador. Ginés Carvajal desconhece se o jogador vai ser já devolvido ao PSG e lamenta falta de oportunidades em Alvalade.

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O empresário de Jesé Rodríguez revela a Bola Branca que o avançado não entra nos planos de Rúben Amorim para o que resta da temporada, expressando profundo desagrado pelas parcas oportunidades concedidas em Alvalade para a sua afirmação.

Ginés Carvajal, confrontado por Bola Branca com a notícia avançada pelo diário desportivo “A Bola”, segundo a qual Jesé e Yannick Bolasie seriam devolvidos no imediato a PSG e Everton, concluindo-se os respetivos empréstimos, confessa nada saber quanto à decisão dos clubes "a breve-prazo". Para já, o espanhol poderá voltar aos treinos em Alcochete, ainda que esteja já "riscado" pelo treinador.

"Contactaram-me da parte do Sporting e comunicaram-me que o treinador [Rúben Amorim] queria preparar o que resta desta temporada, mas também a próxima com jogadores dos quadros do clube e da formação pelo que os atletas emprestados não entravam nos planos. Disseram-me que o Jesé Rodriguez poderia continuar a treinar com o grupo, mas quiseram comunicar-me que ele não fazia parte dos planos", começa por adiantar, elogiando, neste prisma, a frontalidade dos leões.

"O Sporting, nesta situação, comportou-se muito bem e disseram-me também que o Jesé foi sempre extraordinário e exemplar. Ele continua em Lisboa, em recolhimento obrigatório. Mas não sei o que vai acontecer a breve-prazo", prossegue.

"Não o deixaram demonstrar o grande nível que tem"

Uma coisa é certa: com 17 jogos realizados pelo Sporting, num total de 748 minutos e com um golo apontado, a época do dianteiro de 27 anos foi, no mínimo, modesta. Ginés Carvajal, direto ao assunto, não compreende a falta de oportunidades.

"Jesé é um jogador de grande nível e foi uma contratação importante para o Sporting. Mas não o deixaram demonstrar isso mesmo", atira o agente do jogador formado no Real Madrid e pelo qual meia Europa suspirava, não há muito tempo.

"O Jesé não teve continuidade", insiste Ginés Carvajal, colocando, no seu ponto de vista, o dedo na ferida. "Não jogou dois, três desafios seguidos a titular e, creio eu, só assim se vê a qualidade de um jogador. Ele tem características extraordinárias. Jogou no Real Madrid, no PSG e, num determinado momento, o Jesé era a ambição de qualquer clube da Europa. No Sporting, não rendeu o que se esperava, mas isso aconteceu porque não lhe foram dados quatro, cinco, seis jogos a titular para adquirir forma e ritmo. O problema foi esse", sublinha o empresário.

O "azar" da saída de Marcel Keizer

Mas puxemos a fita atrás. Reta final do mercado de verão, fronteira entre agosto e setembro. O Sporting precisava de reforçar o ataque e referenciou Jesé e Bolasie, com o aval do então treinador, um já deveras escaldado Marcel Keizer.

Quis o destino que a chegada de Jesé a Alvalade coincidisse com o despedimento do holandês. A época de "azar" do espanhol, nas próprias palavras do seu representante, começou aí mesmo.

"O Marcel Keizer saiu do Sporting imediatamente após a chegada do Jesé. O Marcel Keizer conhecia perfeitamente o Jesé e assegurou a sua contratação juntamente com o Hugo Viana. Tivemos o azar de o Marcel Keizer ter saído", assinala, lamentando, uma vez mais, a sequência de falta de aposta em Jesé que se seguiu na era Jorge Silas.

"Depois, chegou outro treinador, que até lhe deu algumas oportunidades, mas que acabou por preferir outros jogadores. Não me meto nisso e respeito, mas do meu ponto de vista, gostaria que lhe tivessem dado cinco, seis jogos seguidos", conclui.

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