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Covid-19. Infetados na Base Aérea da Ota não causam preocupação ao munícipio de Alenquer

21 abr, 2020 - 07:29 • Redação

170 infetados foram transportados de um hostel em Lisboa para a Base Áerea da Ota. Comandante Municipal da Proteção Civil de Alenquer descansa a população e garante "meios técnicos e humanos" para receber os doentes.

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Não há motivo de preocupação para a população de Alenquer estar próxima dos 136 infetados pela Covid-19 que foram transportados de Lisboa para a Base Aérea da Ota. A garantia é dada pelo Comandante Municipal da Proteção Civil de Alenquer, Rudolfo Batista, que explica, em declarações à "Rádio Voz de Alenquer", que a base tem "condições técnicas e humanas" para tratar dos doentes.

"O transporte foi feito com todo o cuidado. Isto vai ser tema em Alenquer porque a base da Ota felizmente é em Alenquer. Tentem perceber que, se os recebemos, é porque temos qualidades e condições técnicas e humanas para as recebes", disse.

Rudolfo Batista garante que o transporte dos infetados para a base não representa qualquer perigo para o município.

"Temos de partir do princípio que quem está a trabalhar nestas situações diretamente tem todo o cuidado para evitar o contágio. Mais ainda quando sabemos que são casos confirmados. Estamos a falar de pessoas com formação, com equipamentos de proteção individual e técnicos", diz.

Os 170 cidadãos estrangeiros provenientes de um hostel de Lisboa chegaram esta terça-feira, à 1h25, à Base Aérea da Ota, em Alenquer, para realizarem um período de quarentena devido à pandemia da doença Covid-19.

De acordo com o vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Castro, foram transportados 170 cidadãos estrangeiros, dos quais 136 testaram positivo à presença do novo coronavírus (SARS-CoV-2), sete cujos resultados foram inconclusivos e 26 cujos resultados dos testes foram negativos.

Presidente da junta preocupado

Diogo Carvalho, presidente da junta de freguesia de Alenquer, explica que a população está apreensiva devido à estreita relação que existe entre a população da freguesia e a base aérea onde muitos trabalham.

"Se não recebermos informação tranquilizadora, nunca vamos estar tranquilos. Há pouco tempo passei na freguesia e vi pessoas preocupadas com os familiares que trabalham lá. Essa informação não existe, ninguém sabe a probabilidade de transmissão, está tudo muito por descobrir de uma doença que vai estar às nossas portas", diz, também em declarações à "Rádio Voz de Alenquer".

O presidente da junta queixa-se sobretudo de falta de informação por parte das autoridades militares, que deveriam tranquilizar a população.

"Peço às pessoas para aguardarem mais um pouco, porque teremos mais informações. A minha mensagem vai mais para as autoridades do que para a população, porque devem clarificar a informação para que as pessoas fiquem tranquilas. Não posso ser eu, tem de ser alguém que não transmitiu a mensagem a dizer às pessoas para ficarem calmas. Se agiram bem no combate à pandemia numa primeira fase, não se percam durante a batalha", termina.

Nesse sentido, a Câmara de Alenquer anunciou, em comunicado, que vai distribuir equipamentos de proteção individual por todas as famílias do concelho.

De acordo com a nota enviada às redações, cada agregado familiar vai receber seis pares de luvas e seis máscaras cirúrgicas.

Ao todo, o município investiou 100 mil euros ao adquirir um total de 15 mil kits.

Em Portugal, morreram 735 pessoas das 20.863 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Das pessoas infetadas, 1.208 estão hospitalizadas, das quais 215 em unidades de cuidados intensivos, e mantém-se as 610 dadas como curadas.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 2 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".

[Atualizado às 11h43 - Câmara vai distribuir equipamentos de proteção individual]

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